A Meta está a levar a cabo a maior reestruturação da sua divisão Reality Labs, desde que em 2020 assumiu a orientação atual e centrou a aposta nos desenvolvimento em torno do Metaverso. A notícia avançada pelo The Verge explica que a dona do Facebook, WhatsApp e do Instagram vai reunir todas as equipas da divisão de hardware da Meta em duas para criar duas unidades diferenciadas de trabalho dentro dos Reality Labs: Metaverso e Wearables.

O grupo dedicado ao Metaverso vai ter a cargo os desenvolvimentos e estratégias relacionadas com a linha de headsets Quest, que dá nome aos dispositivos de realidade virtual da empresa, com a plataforma Horizon e outras tecnologias relacionadas.

O grupo dedicado aos Wearables vai trabalhar nas restantes componentes de hardware relacionadas com o Metaverso. Aqui fica também a parceria com a Ray-Ban, da qual têm resultado óculos de realidade aumentada assinados pela popular marca de acessórios, com tecnologia desenvolvida pela Meta.

Veja aqui os Ray-Ban que têm resultado da parceria com a Meta

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Internamente, a empresa terá publicado uma declaração onde dá alguns detalhes sobre a mudança e frisa o sucesso desta parceria com a Ray-ban. "Temos o dispositivo de IA líder no mercado neste momento e estamos a redobrar a capacidade de encontrar uma melhor adaptação ao mercado dos produtos Meta AI, construir um negócio à volta disso e aumentar o seu público", diz a nota assinada por Andrew Bosworth, CTO da Meta.

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"O nosso objetivo de sobrepor o conteúdo digital ao mundo físico continua a ser o mesmo, mas os passos nesse caminho tornaram-se muito mais entusiasmantes", acrescenta o responsável de tecnologia do grupo fundado por Zuckerberg. Na nota, a Meta garante ainda que mantém a aposta na plataforma Horizon, mesmo com o seu crescimento lento até agora.

A reestruturação da unidade de hardware da Meta implicará alguns despedimentos, mas o número de saídas não é conhecido. As fontes consultadas pelo The Verge indicam que não é significativo e que são afetados sobretudo cargos de liderança, em funções que se tornaram redundantes com a nova estrutura organizacional, que faz convergir várias equipas para duas principais.