Para além das conferências, do networking e do espaço para exposição, a possibilidade de apresentar o projeto das startups perante uma audiência de potenciais investidores é, desde o lançamento do Web Summit em 2011, um dos momentos chave de cada edição. E este ano não foi diferente, com o anúncio do vencedor na sessão de encerramento.
Inspira, Kinderpedia e Cognimate já tinham estado em palco hoje para apresentarem os seus projetos e responderem às questões do júri, e depois os nomes foram sujeitos à votação do público, na app do Web Summit. A Kinderpedia ganhou o voto do público com 54%, seguindo o Inspira com 27% e Cognimate com 19%, mas o entendimento do júri foi diferente.
Henrique Ferreira, CXO e Co-fundador da Inspira, uma startup brasileira, admite que não tinha treinado para este momento, e chamou ao palco o resto da equipa. "Este é um grande reconhecimento para toda a equipa [...] é apenas o princípio", sublinhou após o anúncio.
A startup pretende mudar o trabalho das equipas legais e de advogados com a ajuda da inteligência artificial, mas está focada no mercado brasileiro, com uma solução que não parece ser muito escalável a nível global.
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No ano passado a vencedora foi a startup Theneo, da Georgia, que chegou ao palco da final com a Gataca e Biome Diagnostics. Em 2021 a escolhida foi uma empresa portuguesa, a Smartex, que depois disso já abriu asas e ganhou nova ronda de financiamento.
Nesta edição tudo indica que as startups ganharam mais “palco”, depois de algumas das grandes empresas terem cancelado a sua participação e numa agenda onde não há muitos nomes “sonantes”, o que também parece resultar da polémica gerada pelos comentários do co-fundador do Web Summit, Paddy Cosgrave, sobre ao ataques em Israel e na Palestina. Katherine Maher, a nova CEO que tomou posse há duas semanas deixou ontem claro que o objetivo continua a ser ligar startups e celebrar o trabalho dos empreendedores
O júri Cristina Fonseca, Juan Pablo e Rebecca Parsons defenderam durante o Pitch Final, que decorreu antes da hora de almoço, que os empreendedores estavam bem preparados e sabiam a lição, sublinhando que é difícil fazer uma apresentação em apenas 3 minutos e responder às questões.
A competição para o Pitch Final é dura e só 75 startups chegam ao palco, sendo o número reduzido progressivamente nas várias fases. Este ano 15 startups portuguesas tinha conseguido chegar à semifinal. De notar que as startups têm de ter recebido menos de 3 milhões de dólares de financiamento para serem selecionadas para o Pitch Final.
As 15 startups portuguesas que estavam na lista de Pitch, são a Joinrs – Job and Career, AssetFloow, Starkdata, Actif, AGIT, AfroGrlN Tech, Bac3Gel, Ecoceno, Fizbot, GeekPay, inSignals Neurotech, Mykor, Quacks.ai e Windcredible são os projetos que vale a pena conhecer melhor, alguns dos quais já passaram aqui pelo SAPO TEK.
Para além da Smartex, que ganhou o Pitch em 2021, na última edição da conferência na Irlanda foi também uma startup portuguesa que venceu o Pitch final, a Codacy, que foi a escolhida em 2015, quando uma comitiva de 33 empresas se deslocou a Dublin para participar no Web Summit.
Em 2020 foi uma empresa da Etiópia que venceu, a Lalibela Global-Networks, com uma solução de digitalização de dados médicos. Em 2019 também uma "medtech" venceu o Pitch da conferência, a Nutrix, o dispositivo suíço sem agulha para diabéticos. No Collision from Home em junho do mesmo ano o escolhido foi o projeto de monitorização de glicose GlucoActive que ganhou o prémio.
O SAPO TEK mudou a redação para o Web Summit e acompanha tudo o que se passa na conferência e nos eventos paralelos que acontecem em Lisboa. A agenda é longa e há muito para descobrir dentro e fora dos palcos.
Pode acompanhar tudo no nosso especial do Web Summit 2023 e também ver a transmissão em direto do palco principal com o SAPO.
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