“No último ano Portugal evoluiu muito na área das smart cities”, com uma grande integração que foi conseguida na mobilização dos municípios e da indústria numa sinergia que permitiu que “muitas ideias sejam hoje projetos concretos que estão a ser utilizados”, referiu António Almeida Henriques, vice presidente da Associação Nacional de Municípios e presidente do conselho estratégico da Portugal Smart Cities Summit, que começa hoje no Centro de Congressos de Lisboa e decorre até dia 13 de abril com várias conferências e espaço de exposição.
Antes da conferência foi feito um tour por várias cidades, com debates dedicados a diferentes áreas e avaliação das soluções que permitiu perceber que há um desenvolvimento significativo que não está de forma alguma limitado às 25 principais cidades portuguesas.
António Almeida Henriques afirma que há um cluster emergente, que está a surgir quase sem organização prévia, mas que cria grandes oportunidades para combater assimetrias que ainda existem e para tornar Portugal num país mais “smart” que produza valor e que tenha capacidade para exportar.
"Muitas ideias que pareciam ser da ficção científica estão hoje a ser aplicadas nas cidades", sublinhou na sua intervenção na abertura da conferência. São projetos concretos e "a tecnologia tornou-se um indutor de desenvolvimento e de maior felicidade para os cidadãos, e mecanismo para criar valor para fixar Portugal como um país ´smart´ que produz valor e tem capacidade de exportar", refere.
Apesar da dinâmica existente, António Almeida Henriques defende que é necessário um empurrão financeiro para sustentar estas iniciativas. “É uma questão de prioridades, de reprogramação de fundos comunitários para criar valor e capacidade exportadora”, justifica.
Para o vice presidente da ANF, agora que estamos a preparar o Portugal 2030 este devia ser um aspecto central, e que não se deveria pensar apenas em melhorar os territórios mas também disponibilizar os meios necessários às soluções de smart cities, numa lógica integrada. “Há meios que estão dispersos em vários programas mas deveríamos ter uma lógica integrada”, defende.
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