Depois de fecharem o último trimestre de 2020 “em alta”, as gigantes tecnológicas continuam a prosperar no novo ano, apesar da pandemia de COVID-19, que continua a não dar tréguas, e da crise provocada pela escassez de semicondutores.
Em relação ao primeiro trimestre de 2020, onde os efeitos da crise de saúde pública se fizeram sentir fortemente nos negócios de múltiplas organizações, empresas como a Alphabet, a Apple, o Facebook, a Microsoft e a Samsung conseguiram superar expetativas e registar crescimento. Deste grupo, a gigante de Cupertino foi a empresa cujas receitas mais cresceram relativamente ao período homólogo, sendo impulsionadas pela venda dos seus smartphones.
A Apple, que recentemente apresentou a sua nova linha de computadores iMac, iPad Pro e as muito aguardadas AirTags, registou receitas na ordem dos 89,6 mil milhões de dólares nos três primeiros meses do ano, num crescimento anual de 54%. Os lucros também aumentaram em relação ao período homólogo, passando para 23,6 mil milhões de dólares.
A empresa indica no seu mais recente relatório de resultados financeiros que as vendas do iPhone ajudaram a impulsionar as receitas, tendo atingido os 47,9 mil milhões de dólares, num crescimento de 66% em relação ao mesmo período em 2020.
As vendas de computadores Mac e de iPad também registaram valores positivos e um crescimento face ao período homólogo, com receitas de 9,1 e 7,8 mil milhões de dólares respetivamente.
O segmento dos wearables, casa e acessórios apresentou uma subida ligeira em relação aos primeiros três meses de 2020 e as suas receitas situam-se nos 7,8 mil milhões de dólares. Já o dos serviços passou dos 13,3 mil milhões no período homólogo para os 16,6 mil milhões de dólares
Receitas da "casa-mãe" da Google mais do que duplicam
As receitas da Alphabet registaram uma subida de 34% face ao período homólogo, situando-se nos 55,31 mil milhões de dólares. Pela terceira vez consecutiva, os lucros da casa-mãe da Google registou lucros positivos, superando as expetativas dos analistas. De 6,83 mil milhões no primeiro trimestre de 2020, o valor passou para 17,93 mil milhões nos três primeiros meses de 2021.
À medida que cada vez mais empresas procuram captar a atenção dos utilizadores que passam mais tempo online através de anúncios, o negócio da publicidade da Alphabet recuperou, apresentando um crescimento de 32%. Destaca-se ainda o aumento de 49% quanto às receitas de anúncios do YouTube, com a plataforma a gerar 6 mil milhões no período em análise.
A gigante tecnológica dá a conhecer que as receitas do negócio da Cloud aumentaram 46%, com as suas perdas a diminuírem para 974 milhões de dólares.
Lucros do Facebook aumentam 94%, mas número de utilizadores fica aquém das expetativas
Nos três primeiros meses de 2021, as receitas da empresa liderada por Mark Zuckerberg alcançaram os 26,17 mil milhões de dólares, num aumento de 48% em relação ao período homólogo. Do total, 25,43 mil milhões correspondem a receitas que advêm do negócio da publicidade.
O Facebook registou também lucros na ordem dos 9,5 mil milhões de dólares. O valor representa um crescimento de 94% face ao mesmo trimestre no ano anterior.
Os dados partilhados pela empresa indicam que, em março de 2021, o Facebook contava com 1,88 milhões de utilizadores ativos diariamente. A nível de utilizadores ativos mensais, o valor perfaz 2,85 mil milhões. Ambos os valores ficaram um pouco aquém das expetativas dos analistas.
Olhando para o futuro, o Facebook espera que as receitas do negócio da publicidade continuem a aumentar ao longo de 2021, prevendo um crescimento geral mais modesto nos próximos trimestres.
Negócio da Cloud impulsiona as receitas da Microsoft
De acordo com a Microsoft, as suas receitas ascenderam aos 41,7 mil milhões de dólares nos três primeiros meses do ano, representando um crescimento de 19% em relação ao período homólogo e o maior aumento trimestral desde 2018. Os seus lucros também aumentaram 44%, passando para 15,5 mil milhões de dólares.
No total, as vendas de produtos do seu ecossistema na Cloud geraram 17,7 mil milhões de dólares em receitas, num aumento de 33% face ao primeiro trimestre de 2020. As receitas relativas ao Microsoft Azure cresceram 50% a as do Office 365 subiram 22%.
As vendas de computadores cresceram 19%, alcançando os 13 mil milhões de dólares. O segmento de gaming também trouxe resultados positivos no período em análise, com as suas receitas a aumentarem 50%, sendo impulsionadas principalmente pela nova linha de consolas Xbox.
Samsung supera as suas próprias expetativas apesar da "crise dos chips"
No início de abril, a Samsung tinha revisto “em alta” as suas previsões para os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2020. Superando as suas próprias expetativas, as receitas atingiram a marca dos 59 mil milhões de dólares, num aumento de 18% face ao período homólogo. Já as receitas aumentaram 46%, passando a situar-se nos 8,46 mil milhões de dólares.
Em comunicado, a fabricante sul-coreana indica que as receitas do negócio mobile aumentaram significativamente, atingindo 25,5 mil milhões de dólares, dado às vendas de smartphones, impulsionadas pela linha Galaxy S21, apresentada no início de 2021. O negócio de equipamentos eletrónicos cresceu 26%, alcançando os 11,7 mil milhões de dólares.
No entanto, a fabricante afirma que sentiu dificuldades no que toca ao seu negócio de semicondutores. Recorde-se que ainda em março, a crise dos chips levou a Samsung a considerar a possibilidade de adiar a atualização da sua linha Galaxy Note.
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