Não é de agora, a Opel sempre foi uma marca pioneira no desenvolvimento e aplicação de tecnologias de iluminação avançadas nos seus modelos. Começando no final dos anos 90, com a introdução de ópticas Xenon em modelos de médio porte, como o Opel Omega B, a tecnologia AFL (iluminação adaptativa à frente) em 2003 no Opel Signum, passando pela introdução da tecnologia IntelliLux LED Matrix no segmento compacto com o Astra K em 2015, chega-nos agora uma tecnologia que já pode ser utilizada em vários modelos em comercialização.

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Revelada e demonstrada durante o Simpósio Internacional sobre Iluminação Automóvel (ISAL), que decorreu em Darmstadt, na Alemanha, a tecnologia junta a Opel, a Stellantis e a Universidade Técnica de Darmstadt (TU Darmstadt) que utilizaram um Opel Grandland especial. Além de incorporar capacidade condução autónoma SAE de nível 3 (hands-off, eyes-off) estreia um inovador sistema de comunicação com outros utentes da estrada através do seu sistema de iluminação.

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Este sistema permite, por exemplo, através de um conjunto de câmaras de deteção de objectos e de gestos, prever intenções de peões usando inteligência artificial, permitindo desta forma optimizar os sistemas de iluminação para avisar o peão da proximidade do veículo conduzido de forma autónoma, alertando-o da sua aproximação e do perigo que corre.

Neste caso em concreto, o modelo utiliza indicadores dianteiros e traseiros que brilham permanentemente em tom azulado, dando um sinal claro de que o mesmo está em funcionamento e em modo totalmente autónomo. Quando o sistema de câmaras deteta um peão no caminho, a restante iluminação alterna do habitual branco para magenta, utilizando um ecrã aplicado na zona central, em substituição do histórico Blitz (logótipo da Opel) para reproduzir um sinal de aviso ao peão, notificando o mesmo da sua aproximação.

Assim que o veículo se imobiliza, a iluminação é alterada para verde, com o visor a mostrar uma figura verde a caminhar, semelhante à dos peões nos semáforos, indicando que o veículo reconheceu o perigo, parou e que o peão pode agora atravessar a estrada. Caso o sistema determine que o algoritmo de IA não consegue reconhecer o perigo, é solicitado ao condutor para assumir o controlo do veículo, algo que está determinado nas normas da indústria para os protocolos ADAS.

Para Jusisa Le, Engenheira Chefe de Inovação da Stellantis, a escolha das cores foram específicas por não estarem “associadas a outras funções dos veículos para evitar mal-entendidos”. Para o funcionamento em pleno desta tecnologia, será necessária a instalação do ecrã no lugar do Blitz, que poderá mostrar o emblema iluminado em utilização normal, mas que reproduzirá os sinais de aviso quando estiver a ser utilizado o sistema de condução autónoma.

Esta tecnologia deverá ser aplicada assim que a Opel obtiver luz verde para a aplicação do sistema de condução autónomo de nível 3.

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