A Electronic Arts lançou Battlefield 2042 em 2021 para aproveitar as capacidades das consolas da atual geração. Mas a necessidade de lançar nas máquinas anteriores limitou o trabalho da DICE e a sua tecnologia de destruição. Foi também adicionado um elemento que parecia divertido no papel e visualmente espetacular, os ciclones das condições meteorológicas extremas. Mas acabou por ser um elemento criticado, desvirtuando as batalhas online, que sempre foi o pilar da série.

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Mas foram cometidos muitos outros erros, os bugs acumularam-se e os fãs notaram a falta de funcionalidades de antigos títulos, além das mudanças de gameplay. Foi dos jogos com as piores avaliações dos jogadores e esteve longe do sucesso esperado.

Battlefield é um dos pilares da Electronic Arts e para o novo capítulo foram feitas mudanças estruturais nos estúdios envolvidos. Como o jogo recebia a contribuição de diversas equipas, como a DICE, que lidera a produção e cria a tecnologia Frostbite, que serve de motor de jogo ou a Criterion que dá o seu input nos veículos e outros elementos de jogo. Foi criada uma nova identidade para a colaboração dos estúdios, ou seja, o Battlefield Studios, composto ainda pela Motive Studios e a Ripple Effect Studios.

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Motivada a limpar a má imagem que o jogo anterior deixou, foi o próprio Vince Zampella a liderar a produção de Battlefield 6, ele que é um veterano e líder da Respawn Studios de Apex Legends, mas que deixou o seu cunho em jogos como Titanfall, Call of Duty quando formou a Infinity Ward para a Activision. E se viajarmos ainda mais longe no tempo, criou o melhor Medal of Honor de todos os tempos, Allied Assault, quando ainda estava na 2015 a serviço da EA. Portanto, bons indícios para este novo capítulo de Battlefield, composto por uma campanha narrativa e claro, as batalhas intensas multijogador que os fãs da série adoram.

A versão beta tinha dado boas indicações sobre a vertente online, mas a campanha, presente agora na versão final do jogo, é uma boa entrada para este universo de guerras modernas. É curta, composta por nove capítulos, não demorando mais que quatro ou cinco horas a finalizá-la. Mas as missões são grandes, com variações e reviravoltas, demonstrando alguns set pieces ao nível das campanhas de Call of Duty.

A campanha centra-se num conflito atual, situado entre 2027-28, onde os países da NATO foram abandonando a organização, surgindo uma empresa militar privada chamada Pax Armata que pretende substituir a NATO como poder global. Os jogadores assumem a Dagger 13, uma equipa de elite de Marines, que tem de combater esse poder emergente. Isto significa missões em diversos locais do mundo, saltando entre diferentes protagonistas, mais uma vez, à semelhança de Call of Duty.

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O novo jogo foi inspirado em Battlefield 3 e Battlefield 4, tendo assegurado um orçamento acima dos 400 milhões. Este é um título que procura ter sucesso, caso contrário, os rumores de que muitas das licenças e estúdios possam ser desmanteladas da Electronic Arts pairam agora no ar, depois da empresa ter sido adquirida por um fundo árabe por 55 mil milhões de dólares.

A campanha acaba por ser um tutorial de luxo para a experiência Battlefield. Não se tratam de cenários recordados dos mapas da componente multijogador: existem cut scenes, diálogos dramáticos e os níveis embora sejam lineares têm alguma profundidade de abertura. Obviamente que será aqui que vai ter um primeiro gosto às armas, alguns dos veículos e mecânicas das classes típicas, desde o médico ao engenheiro. Vai controlar jipes, tanques e motos de quatro rodas em algumas das missões.

É impressionante como os elementos do cenário podem ser destruídos, desde edifícios que desmoronam, às paredes que parecem esferovite. O caos das missões é constante. Ninguém está a salvo dentro de um edifício, pois este pode ser destruído.

Battlefield 6
Battlefield 6

O estúdio produziu cada missão como uma amostra de algumas mecânicas da componente multijogador, mas montados com cuidado, numa variedade de sequências, como as perseguições com veículos ou assaltos com tanques de guerra. A quantidade de gadgets que os soldados carregam, como drones controláveis ou mísseis teleguiados, juntamente com as armas, há muito para explorar e divertir.

Na vertente multijogador, que é o principal elemento da série, Battlefield procura regressar às origens, com combates intensos entre os jogadores e estratégias que valorizam o trabalho em equipa, nos pequenos esquadrões onde estão inseridos. As classes de soldados foram reformuladas, com o regresso de Assault, Support, Recon e Engineer, cada uma com o seu leque de armas e acessórios, para o papel que pretende ter nas batalhas. Pode ser médico e curar os companheiros, o suporte para dar munições, colocar-se à distância com armas de mira telescópica ou ir para a frente do combate.

Os mapas variam de tamanho mediante o modo de jogo, entre as de campo aberto para dezenas de jogadores, outros mais pequenos e rápidos para as habituais escaramuças. Há cenários urbanos como o Saint’s Quarter ou as batalhas mais abertas de Nurak Valley. Os modos clássicos Conquest e Rupture são alguns dos disponíveis em Battlefield 6. Todos os menus estão estruturados para que avance nas classes e desbloqueie novas armas e gadgets, permitindo ainda personalizar os soldados com cosméticos.

Battlefield 6
Battlefield 6

Por fim, o modo Portal é um editor que permite aos jogadores criar os seus mapas e modos para partilhar com a comunidade, para prolongar a experiência.

Battlefield 6 está disponível para PC e consolas PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

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