Os Estados Unidos parecem ter aumentado o tom nas proibições à Huawei e terão revogado mais licenças de fornecimento de tecnologia das fabricantes de chips à empresa chinesa. Segundo avança a BBC, as ordens partiram do Departamento do Comércio dos Estados Unidos, sem especificar quais foram as licenças que foram canceladas.
A proibição surge no segmento do anúncio feito pela Huawei que tinha criado um computador com funcionalidades de IA, alimentado por um chip criado pela Intel. A Intel e a Qualcomm não comentaram estas medidas de restrição. “Não comentamos sobre as licenças em específico, mas podemos confirmar que revogámos certas licenças de exportação para a Huawei”, disse o Departamento de Comércio, citado pelo The Washington Post.
O jornal refere ainda que três pessoas ligadas ao assunto dizem que as duas principais fabricantes ficam condicionadas na venda de chips que alimentam os smartphones e portáteis da Huawei.
Em nota separada, a departamento das telecomunicações e informação nacional dos Estados Unidos (NTIA) anunciou a disponibilidade de financiamento de 420 milhões de dólares para a construção dos equipamentos de rádio necessários para a rede capaz de concorrer contra a Huawei. De acordo com os primeiros cálculos, a medida custaria um pouco menos de dois mil milhões de dólares, mas os números finais são bem maiores.
As 181 candidaturas ao programa que vai apoiar financeiramente a remoção e substituição de tecnologia das empresas chinesas (Huawei e ZTE) por outras, somaram pedidos de apoio que chegou aos 5,6 mil milhões de dólares, dados de 2022.
De recordar que foi ainda durante a administração de Donald Trump que a Huawei e outras fabricantes chinesas entraram para uma lista negra, sendo barrada a exportação de tecnologia para a empresa sem as devidas autorizações. Em causa está a acusação de que a Huawei partilha dados dos cidadãos americanos com o governo chinês, tornando-se um assunto de segurança nacional.
Depois de alguns anos com quebras de receitas sucessivas, a Huawei anunciou a recuperação no início do ano, recuperando parte do mercado na China, chegando mesmo a afirmar que a “tempestade” das sanções já tinha passado.
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