Embora Eric Xu, o presidente rotativo da Huawei, tenha indicado ainda antes de 2020 começar que 2019 foi um “excelente ano” para a fabricante chinesa, os resultados financeiros demonstram uma realidade diferente. Entre uma guerra comercial sem fim à vista e uma pandemia com fortes impactos no setor tecnológico, a Huawei fechou 2019 com lucros na ordem dos 62,7 mil milhões de yuan, ou 8,11 mil milhões de euros. O valor representa um crescimento de apenas 5,6% em comparação com 2018, sendo o valor mais baixo dos últimos 3 anos.
De acordo com o relatório financeiro apresentado pela Huawei, a receita total de 2019 cresceu 19,1% relativamente ao ano anterior, atingindo os 858,8 mil milhões de yuan, ou cerca de 110 mil milhões de euros. Ao todo, os negócios da fabricante apresentaram um maior crescimento na China, rondando os 36,2%. Por contraste, a região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) registou um crescimento de apenas 0,7%.
A fabricante chinesa avança que registou um crescimento de 34% no setor de consumo, onde se inclui a venda de smartphones e equipamentos da marca, embora o impacto da “guerra comercial” entre os Estados Unidos e a China se tenha feito sentir, em especial, a partir da sua entrada na lista negra do Governo de Donald Trump, em maio de 2019. Não obstante, a Huawei indica que, ao todo, em 2019, foram enviados 240 milhões de smartphones para as lojas em todo o mundo, representando um aumento de 15% em comparação com 2018.
A empresa afirma que, embora sinta uma imensa pressão externa, os negócios permanecem sólidos. No entanto, Eric Xu indica que devido às restrições implementadas pelos Estados Unidos e às consequências da pandemia de COVID-19, o futuro poderá ser mais complicado, por isso, a empresa está a adaptar o negócio tendo em conta as circunstâncias presentes.
Recorde-se que, no mais recente capítulo da saga da guerra comercial, os Estados Unidos estão a preparar-se para "cortar" o fornecimento de processadores à Huawei, mesmo com adiamentos constantes sobre a decisão final da administração de Donald Trump. A aplicação da medida já foi estudada e necessita apenas da aprovação do Presidente para avançar. Assim, as fabricantes que usam tecnologia norte-americana, como a TSMC, poderão ter de pedir uma licença especial para continuar a fazer negócios com a fabricante chinesa.
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