Depois de vários trimestres a tirar partido de um ciclo de renovação de equipamentos que fizeram crescer as vendas, o mercado de tablets começa a dar sinais de abrandamento. Os dados compilados pela IDC, para o terceiro trimestre do ano, mostram vendas a cair 4,4% a nível global, para um total de 38 milhões de unidades.

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Os números destoam dos indicadores apurados nos últimos seis trimestres consecutivos, que mostraram sempre crescimentos, mas não surpreendem. Como explica a IDC, na primeira metade do ano as lojas reforçaram os stocks com medo do efeito da guerra tarifária lançada por Trump à China, nos preços dos equipamentos eletrónicos.

Agora é preciso escoar os equipamentos em inventário e isso reflete-se no volume de novas remessas para as lojas, que é o indicador considerado nesta análise. Ainda assim, a IDC reporta que nos mercados emergentes as vendas de tablets continuam a crescer, em larga medida graças ao impacto positivo em diferentes partes do mundo de programas ligados à educação, ou de outras iniciativas governamentais na área da digitalização.

A Apple continua a liderar o segmento. Entre julho e setembro expediu para as lojas 13,2 milhões de equipamentos e conseguiu mesmo um crescimento recorde de 5,2%, comparando com o volume de vendas no mesmo trimestre do ano passado.

O segundo lugar de vendas foi para a Samsung, com 6,9 milhões de unidades vendidas, ainda assim, com um trimestre pior que há um ano. A terceira posição foi para a Lenovo, com 3,7 mil milhões de unidades vendidas e vendas a crescer 22,6%. Huawei e Xiaomi fecham o Top 5, como mostra a tabela.

IDC - vendas de tablets 3ºtrimestre 2025
IDC - vendas de tablets 3ºtrimestre 2025 créditos: IDC

“O mercado de tablets evidencia uma transição da procura impulsionada pela pandemia, para um crescimento estável e orientado ao valor”, sublinha Anuroopa Nataraj, analista sénior da IDC Mobility and Consumer Device Trackers, na nota que divulga os resultados.

“As remessas estão a estabilizar à medida que os ciclos de substituição se prolongam, mas a inovação em recursos com inteligência artificial, formatos destacáveis ​​e tecnologias de ecrã têm ajudado a manter o interesse, tanto no segmento de consumidores como entre empresas”.

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