Era dado como certo a aquisição da Codemasters pela Take-Two, por um valor de 994 mil milhões de dólares. Mas a Electronic Arts "pisou o acelerador a fundo" e apresentou uma proposta melhor, de 1,2 mil milhões de dólares, e aquilo que parecia um “casamento” perfeito para as ambições desportivas da empresa que detém GTA e NBA 2K não se consumou, e acabou por reforçar os planos da EA, que tem Need For Speed como a sua principal série de condução.

O negócio, que levou a EA pagar 7,98 dólares por ação, será concluído no primeiro trimestre de 2021.

A Codemasters é a principal editora de jogos de condução do mercado, sendo detentora da licença oficial da Fórmula 1, e tem pré-acordo para obter a do mundial de rallies (WRC) nas próximas temporadas a partir de 2024. Tem ainda séries muito conhecidas como DiRT (a evolução de Colin McRae) e GRID, centrada em veículos desportivos. E também a licença MicroMachines, inspirada nos carrinhos em miniaturas. Recentemente a Codemasters havia adquirido o estúdio Slightly Mad, responsável pela série de simulação de automóveis Project Cars.

Ao juntar Need For Speed a todo o portfólio da Codemasters, a Electronic Arts fica praticamente com a maior fatia do género da condução competitiva. A concorrência praticamente resume-se a Gran Turismo em exclusivo nas consolas PlayStation e Forza Motorsports na Xbox. A EA junta ainda as licenças oficiais F1 e WRC às restantes desportivas que detém, como FIFA, NBA, NFL, UFC e NHL.

“A Electronic Arts e a Codemasters partilham ambições de liderar o género da condução. A direção da Codemasters acredita que a empresa poderá beneficiar do conhecimento da EA, os seus recursos e a sua extensiva escala global, tanto a nível geral, como especificamente no sector das corridas”, salienta Gerhard Florin, o Chairman da Codemasters no comunicado. Acrescenta que, com a aquisição, as equipas poderão criar e lançar melhores serviços e jogos para o seu público apaixonado.

A aquisição da Codemasters vai manter os seus líderes e equipas de executivos nos mesmos cargos, incluindo o CEO Frank Sagnier e o CFO Rashid Varachia.