Ao longo do ano os gastos com Tecnologias da Informação deverão aumentar em 5,1% para 4,5 biliões de dólares. Neste universo, as despesas com comunicações, vão ficar com a maior fatia da despesa e levarão as empresas em todo o mundo a gastos na ordem dos 1,5 biliões de dólares, num crescimento de 1,3%.
O segmento dos serviços, segundo em valor, deverá ser também o segundo que mais cresce, com gastos previstos de 1,3 biliões de dólares, mais 8,8% que em 2021. Neste segmento incluem-se os serviços de consultoria e os serviços geridos. Os serviços TI são também uma das áreas onde as empresas mais vão continuar a investir nos próximos anos, com crescimento da despesa na ordem dos 8,8% em 2023.
A área da cloud vai continuar a ganhar dimensão nos investimentos das empresas em TI. Depois de ter ultrapassado pela primeira vez, em 2020, a dimensão do mercado de soluções on premise, a cloud continuará a crescer e em 2025 deverá valer duas vezes mais que o mercado de soluções não cloud. Até lá, e no que se refere a este ano, estas soluções traduzem o crescimento de 11% esperado para a despesa com software empresarial em 2022, sobretudo associado à migração para soluções as-a-service.
A Gartner defende que o mercado e os responsáveis de tecnologias de informação vão ter este ano finalmente condições para “ir além dos projectos críticos de curto prazo dos últimos dois anos e de se concentrarem no longo prazo”. A consultora reforça, no entanto, que “as lacunas nas competências do pessoal, a inflação salarial e a guerra pelos talentos levarão os CIOs a depender mais de consultoras e empresas de serviços geridos para prosseguirem as suas estratégias digitais”, sublinha John-David Lovelock, vice-presidente. Num futuro próximo, a esmagadora maioria das empresas terão de recorrer a estes parceiros.
Este apoio vai ser necessário para endereçar a falta de recursos e capacidades internas, para permitir que as empresas atinjam os objetivos que traçaram. Esta tendência será ainda mais evidente em tudo o que se relaciona com a cloud, que se transformou numa componente fundamental das ambições digitais e no suporte aos modelos de trabalho híbrido, destaca a Gartner.
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