As despesas com segurança aplicada às tecnologias de informação deverão este ano crescer 10,2% na Europa, para 47 mil milhões de dólares, mesmo com a “sombra” da inflação e a instabilidade geopolítica a influenciar as estratégias e decisões de empresas e governos.
As contas são da IDC, que já tinha estimado um crescimento anual destes investimentos na região de 9,4% entre 2021 e 2026, para um valor de 66 mil milhões de dólares no final desse período.
No Worldwide Security Spending Guide acrescenta agora que os serviços são a vertente que mais vai crescer em 2022, influenciada pela falta de profissionais especialistas em cibersegurança nas empresas, sendo esta também a área que vai absorver maior volume de despesa. O software e o hardware surgem a seguir.
Por sectores, será a banca a liderar o volume de despesa em segurança este ano, como reconhece a IDC, um dos sectores mais maduros nestes tipo de investimentos, que está agora centrado sobretudo em aumentar a resiliência. Essa preocupação este ano traduzir-se-á em gastos de 6 mil milhões de dólares. Seguem-se a indústria discreta e os serviços profissionais, com uma previsão de gastos, respetivamente, de 5 e 4 mil milhões de dólares.
Na indústria a prioridade vai para a ligação entre sistemas de Tecnologias de Informação e Tecnologias Operacionais (no chão de fábrica). Nos serviços profissionais, onde cabem as consultoras, a cloud e as soluções de segurança para endpoints vão liderar a despesa.
O sector público lidera o pódio das indústrias onde a despesa em segurança TI mais vai crescer em 2022, mais 11,9% que em 2021, motivado pelas preocupações com a segurança das cargas de trabalho que passam pela cloud, das plataformas de colaboração e dos dados. No mesmo ranking estão os transportes, onde a grande prioridade vai para a segurança da cadeia de abastecimento.
Por regiões, República Checa e Polónia vão liderar o crescimento da despesa em segurança TI (15%) este ano. Entre 2021 e 2026, os checos devem manter a pole position, mas o segundo lugar do ranking vai para um bloco de países formado pela Bélgica, França, Alemanha e Suíça.
"A evolução do mercado europeu da cibersegurança continua a progredir a grande velocidade. O crescente panorama de ameaças, a mudança para ambientes de trabalho híbridos e uma maior dependência dos serviços de nuvem expandiram a superfície de ataque às organizações, que precisam de proteção e capacidade de monitorização", defende Stefano Perini da IDC European Data & Analytics e responsável pela pesquisa.
"Isto levou as organizações europeias a atualizar a sua infra-estrutura de segurança, especialmente na nuvem, rede, e segurança de dados", acrescenta o responsável.
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