O jornalista Joon Ian Wong, moderador do painel “Cryptocurrencies 101: Bitcoin, Ethereum and everything you need to know” começou por perguntar quem dos presentes tinha bitcoins e ethereum, as criptomoedas mais conhecidas.

A moeda virtual criada pelo desconhecido Satoshi Nakamoto foi a que reuniu mais braços no ar, sem grande espanto dos interlocutores. Mas, haver uma pessoa com DigiCash, a moeda desenvolvida por Chaum, ainda na década de 1980, foi objeto de admiração.

Todos os intervenientes concordaram que ainda se está a viver os primeiros dias da revolução das criptomoedas e que, não estando estas sob regulação de nenhum banco central, classificam como natural todo o “hype” à volta deste tema.

“É óbvio que estamos a viver muitas bolhas e cada uma maior que a outra”, esclareceu Lubin para logo a seguir justificar que se tratam de “boas bolhas porque trazem inovação e a atenção das pessoas, valor ao ecossistema, o qual é reconhecido pelos programadores de software, que criam valor fundamental e projetos que vão fazer crescer a nova arquitetura”.

Mas, qual a melhor métrica usada para definir qual o valor de uma criptomoeda? Para Chris Burniske, a melhor fórmula é a correlação entre o “network value” e o comportamento dos preços da bitcoin e a recente valorização não é mais do que o resultado deste interesse em perceber como funciona esta divisa e porque sobe tanto.

Recorde-se que, apesar de, no mês de setembro, ter caído para valores inferiores a 4.000 dólares, a primeira criptomoeda tem atingido marcos históricos.

Joseph Lubin defende que “developers are all it matters” e David Chaum acrescentou que fica contente pelo grande interesse que este tema tem despertado. No fim, o consenso: “It´s gonna get bigger”.

O Web Summit termina esta quinta-feira, dia 9 de novembro, e o TEK tem acompanhado os momentos mais importantes, nomeadamente em imagens. Veja a edição de 2017 do evento "por dentro".