Até ao final de 2022, a Google adiciona ao portfólio a Mandiant, depois de desembolsar 5,4 mil milhões de dólares pela empresa da área da cibersegurança. O negócio juntou-se ao top das compras acima dos mil milhões de dólares, realizadas pelas maiores tecnológicas ao longo dos últimos anos.
Ainda assim, fica longe das primeiras posições da tabela. Basta referir que a maior compra de sempre da Google foi a Motorola, em 2012, que custou 12,5 mil milhões de dólares. Ou a compra da Activision Blizzard, já este ano, pela Microsoft, por 69 mil milhões de dólares.
Ainda assim, a aquisição da Mandiant dá um sinal sobre aquela que se antecipa ser uma das áreas fortes de investimento das tecnológicas este ano, a cibersegurança. Outros sinais nesse sentido têm sido deixados já nos últimos meses.
A Microsoft, que juntamente com a Amazon, foram as únicas tecnológicas que em 2021 voltaram a aumentar as despesas com aquisições - e que foi também a empresa que mais investiu em compras nos últimos cinco anos - fez várias aquisições na área da cibersegurança ao longo do ano passado.
Em 2021, as chamadas FAMGA - Facebook, Amazon, Microsoft, Google e Apple reduziram para nove mil milhões de dólares o investimento na compra de empresas, depois de um ano (2020) em que gastaram 12,5 mil milhões de dólares nesse tipo de operações. A par da mobilidade e da inteligência artificial, a cibersegurança foi uma das áreas onde mais investiram, uma tendência que acompanha a do resto do mercado.
Números também compilados pela CB Insights, indicam que ao longo de 2021 foram investidos 25 mil milhões de dólares em participações ou aquisições de empresas na área da segurança, mais do dobro do ano anterior. As gigantes tecnológicas estão, como sempre, entre as protagonistas.
Microsoft e Google já tinham anunciado aliás, em 2021, planos de investimento em cibersegurança para os cinco anos seguintes. A Google quer investir 10 mil milhões de dólares, a Microsoft planeia investir o dobro, 20 mil milhões. O foco deste investimento, é a segurança na cloud, uma das principais áreas de negócio para as duas empresas, bem como para a Amazon, e um das que mais promete também crescer nos próximos anos.
Vale a pena registar que ao longo das últimas três décadas, as FAMGA levaram a cabo mais de 800 aquisições, mais de três dezenas com valores acima dos mil milhões de dólares. Esta análise da CB Insights foi feita no início do ano passado e, milhares de milhões de dólares mais tarde, já não está completamente atualizada.
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Falta lá a já referida compra da Activision Blizzard ou da Nuance, também realizada pela Microsoft em 2021, por 19,7 mil milhões de dólares. E também ainda não está contabilizada a aquisição dos estúdios MGM pela Amazon, por 8,4 mil milhões de dólares, em maio de 2021. Isto para falar apenas dos grandes negócios. A Apple, por exemplo, que não foi notícia recentemente por causa de nenhuma grande aquisição, disse no início do ano passado que nos últimos seis anos comprou cerca de 100 empresas, o que dá uma média de 16 por ano.
Ainda assim, a infografia dá uma boa perspetiva da evolução dos negócios nesta área, sobretudo em termos de dimensão. Para consultar sem esquecer que o LinkedIN perdeu o estatuto da maior “bola”. Em apenas um ano foi ultrapassado por outros dois negócios, da mesma empresa.
Um ano antes, em plena pandemia, não foi diferente. O ritmo de aquisições manteve-se elevado, com destaque para a Microsoft e a Apple, que protagonizaram nove negócios, cada uma, em 2020. No total, as FAMGA fizeram 35 aquisições nesse ano, cinco acima dos mil milhões.
Em toda a sua história, a Microsoft foi a empresa que mais compras acima dos mil milhões de dólares protagonizou e continua lançada para manter essa posição. Como o SAPO TeK já tinha analisado neste artigo, nem todas foram um sucesso, um desfecho que outras tecnológicas também têm tido que gerir, com algumas das suas apostas milionárias.
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