Em dezembro de 2017, a Apple anunciou o acordo de compra da aplicação Shazam, com o objetivo de melhorar o serviço Apple Music com a integração da tecnologia de reconhecimento de música no assistente de inteligência artificial da Siri. O negócio foi agora colocado em causa pela Comissão Europeia, que abriu uma investigação para entender os termos de fusão de acordo com a regulamentação da União Europeia. A principal preocupação é que a fusão pode reduzir a capacidade de os utilizadores escolherem os serviços de música em streaming disponíveis.

A Comissão Europeia, através da porta-voz Margrethe Vestager, afirma que a fusão pode colocar entraves nas políticas da concorrência ao diminuir o número de propostas de serviços de música em streaming resultantes da compra do Shazam pela Apple. Em causa não está o eventual aumento da quota do mercado pela compra direta da aplicação, porque esta não oferece serviços de música, mas sim a vantagem que a marca da maçã poderá ter face à concorrência.

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Segundo a Comissão, ao combinar o serviço de streaming Apple Music ao Shazam, a marca da maçã poderá ter acesso a informações comercialmente sensíveis sobre os clientes dos serviços concorrentes. Através dessa informação obtida com a tecnologia do Shazam, a Apple poderá apontar diretamente aos clientes dos seus rivais, incentivando-os a mudar para o seu serviço de música, colocando a concorrência numa posição de desvantagem.

A investigação procura compreender juntamente com a concorrência da Apple Music, se os seus serviços serão afetados pela Apple após a conclusão da fusão, ou se será necessário bloquear as informações sobre os mesmos na app do Shazam.

A Comissão tem até ao dia 4 de setembro para tomar uma decisão sobre a aquisição do Shazam pela Apple.

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