TikTok: Comissão Europeia confirma que está a investigar a aplicação

Este artigo tem mais de um ano
Possível transferência de dados de utilizadores europeus para a China e segmentação de anúncios para menores é motivo de preocupação.
TikTok: Comissão Europeia confirma que está a investigar a aplicação

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou que existem várias investigações em curso à forma como o TikTok gere os dados dos seus utilizadores. Em causa está a possível transferência de dados para a China, bem como a segmentação de anúncios para menores.

A investigação tem por objetivo assegurar que a app opera de acordo com o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). Os trabalhos iniciaram-se depois de alguns membros do parlamento europeu terem manifestado preocupação quanto ao possível acesso aos dados dos utilizadores da UE, por parte de entidades chinesas. O tema foi levantado por conta de uma peça do BuzzFeed News, publicada em junho, que provava que isso estava a acontecer com os dados dos utilizadores norte-americanos.

Do outro lado do Atlântico, a app tem estado debaixo de fogo. Recentemente, Brendan Carr, comissário da autoridade norte-americana para as telecomunicações, defendeu publicamente a proibição do TikTok como a única forma de mitigar a influência chinesa nas redes de telecomunicações dos EUA. Christopher Wray, atual diretor do FBI, chegou mesmo a afirmar que a app é uma ameaça à segurança nacional do país.

Importa recordar que de acordo com as políticas de privacidade da aplicação, os dados pessoais dos utilizadores podem ser visualizados por alguns dos seus colaboradores que trabalham desde a China. A empresa esclarece que tal é essencial para que estes desempenhem as suas funções. Apesar disso, o TikTok garante que os dados permanecem seguros e que a gestão é feita com base no que é permitido RGPD.

Para responder às preocupações dos oficiais norte-americanos, a ByteDance, empresa mãe do TikTok, optou por deslocar os dados dos utilizadores dos EUA para centros de dados locais, operados pela Oracle. Em agosto, a tecnológica afirmou estar a rever os sistemas e algoritmos de moderação da app para garantir que estes não ficam sujeitos a interferência chinesa.

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