A Microsoft partilhou o relatório Threat Analysis Center (MTAC) onde destaca os passos que o Irão está a executar em operações de influência cibernéticas para interferir nas eleições presidenciais nos Estados Unidos de novembro. É utilizada a intimidação e incentivo à violência contra os intervenientes ou grupos políticos, promover o caos e instalar a dúvida sobre a integridade das eleições.

O relatório aponta que nas últimas semanas grupos ligados ao governo iraniano têm intensificado a atividade. Numa primeira fase lançaram as bases para campanhas de influência com o tema das eleições. Depois foram ativas com o objetivo de causar a controvérsia e influenciar os eleitores, sobretudo em estados indecisos.

Veja na galeria exemplos da interferência do Irão:

A tecnológica refere que um dos grupos identificados tem vindo a lançar websites de notícias que visam grupos de eleitores em extremos opostos do pensamento político. O Nio Thinker destina-se à esquerda e insulta Donald Trump; outro o Savannah Time, assume-se como conservadora e sobre notícias da cidade de Savannah, com foco em questões LGBTQ+ e mudança de género. Este utiliza serviços de IA para plagiar parte do conteúdo das publicações nos Estados Unidos.

Foi também enviado um email com spear phishing a um membro de alta patente de uma campanha presidencial a partir de uma conta comprometida ligada a um antigo conselheiro de estado. O email, ligado ao Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, tinha uma ligação para um domínio controlo pelo grupo. Esse mesmo grupo tentou, embora sem sucesso, ter acesso a uma conta pertencente a um antigo candidato presidencial.

O MTAC identificou outro grupo, que tem como objetivo obter informações estratégicas, de satélites, defesa e saúde, tendo algumas organizações governamentais dos Estados Unidos como alvo e em estados com eleitores mais indecisos.