Decorreu entre os dias 9 a 11 de dezembro uma operação coordenada pela Europol, a nível europeu, visando várias dezenas de suspeitos por adquirir moeda falsa através da Darknet. Os suspeitos estavam ligados à rede de contrafação de moeda desmantelada pela Polícia Judiciária em julho, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, como sendo os compradores do dinheiro falso.
A rede utilizava a Darknet para publicitar as notas falsas e as encomendas eram recebidas tanto por mensagens privadas, na mesma rede, ou através de plataformas de conversação encriptadas. Depois de efetuado o respetivo pagamento, por norma através de criptomoeda, as notas eram enviadas por via postal, a partir de Portugal, o país onde estavam a ser produzidas.
Após a análise das provas recolhidas pela Polícia Judiciária, foram identificadas as diversas transações de moeda falsa. A informação foi comunicada à Europol e, posteriormente, por esta otimizada e disseminada por todos os países afetados. Segundo o comunicado da PJ, foram feitas 36 buscas domiciliárias e identificados e interrogados 44 suspeitos e 11 ficaram detidos. A polícia apreendeu ainda notas falsas, drogas, documentos falsificados, assim como moedas virtuais e substâncias dopantes.
Entre os países em que os suspeitos operavam, na Alemanha foi também desmantelada uma rede que produzia documentos falsos, depois de 27 buscas domiciliárias. As restantes 9 buscas foram realizadas na Áustria, França, Grécia, Irlanda, Luxemburgo e Espanha.
No total, a rede de contrafação distribuiu cerca de 26.000 notas (de 10 e 50 euros) por toda a Europa, vendidas através da Darknet. O grupo desmantelado pela Polícia Judiciária, em coordenação com a Interpol, é considerado o segundo maior produtor de moeda falsa identificado na Darknet. Os compradores dessa moeda falsa foram agora capturados, nesta segunda fase da Operação Deep Money.
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