A NASA anunciou a escolha de dois instrumentos científicos que serão instalados diretamente na superfície lunar durante a missão Artemis IV, marcada para a região do polo sul da Lua. O objetivo é claro: compreender melhor o ambiente lunar para preparar futuras estadias humanas, não só na Lua, mas também, um dia, em Marte.
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A estratégia de investigação lunar da NASA encaixa-se num contexto mais amplo de inovação e competição em torno dos veículos robóticos que percorrem superfícies extraterrestres. A agência já tinha lançado uma verdadeira “corrida” entre empresas para desenvolver rovers adaptados às condições extremas do polo sul lunar, veículos que poderão, no futuro, transportar astronautas e instrumentos científicos por terrenos ainda inexplorados.
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Esta iniciativa pretende selecionar o melhor design de Veículo Terrestre Lunar, reforçando tecnologias que complementarão o trabalho de instrumentos como os que serão instalados na Artemis IV.
Um dos grandes desafios da exploração lunar é o pó. Gene Cernan, o último homem a caminhar na Lua, descreveu-o como persistente e agressivo: cola-se a tudo e desgasta materiais com facilidade. Para enfrentar este problema, a NASA enviará o DUSTER, um pequeno conjunto de instrumentos montado num rover autónomo, que vai estudar o pó e o plasma que envolvem o local de aterragem. A missão inclui o Electrostatic Dust Analyzer, capaz de medir carga, velocidade e dimensão das partículas, e o RESOLVE, que analisará a densidade de eletrões acima da superfície.
O segundo instrumento selecionado é o SPSS, uma estação sísmica preparada para o ambiente extremo do polo sul lunar. Este sismómetro ajudará a perceber com que frequência a Lua é atingida por meteoritos, como as vibrações internas afetam atividades dos astronautas e que segredos esconde o seu interior profundo. A equipa realizará ainda uma experiência usando um “thumper” para mapear o subsolo.
Estes novos instrumentos são apresentados como peças essenciais de um “guia de sobrevivência interplanetária” que ajudará a manter astronautas e equipamentos seguros. Nicky Fox, responsável pela direção científica da agência, recorda que as lições da Era Apollo continuam vivas. “Quanto mais longe estamos da Terra, mais dependemos da ciência para proteger a vida humana”, sublinhou.
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