A evolução tecnológica vivida nas últimas décadas fez com que todos os aspetos da nossa vida se tornassem muito mais digitais e as relações amorosas não são uma exceção à regra: que o diga o crescente número de aplicações de encontros disponíveis. No entanto, os cibercriminosos não perdem uma oportunidade para tentar aproveitar-se dos utilizadores mais incautos e até o dia de São Valentim é um pretexto para atacar.
Uma investigação da Kaspersky revela que, em 2019, os hackers propagaram 1.963 ficheiros disfarçados de aplicações de encontros legítimas. A empresa de cibersegurança indica que dois terços dos ficheiros maliciosos estavam ocultos no Tinder e um sexto estava escondido no Badoo.
Os esquemas de phishing também afetam as aplicações de encontros. A Kaspersky afirma que existe uma abundância de cópias falsas de plataformas como o Tinder a circular na Internet. Os utilizadores que são “pescados” pelas estratégias dos hackers acabam por comprometer os seus dados pessoais, os quais são muitas vezes vendidos no “mercado negro” online.
A empresa de cibersegurança alerta para outro perigo que tem vindo a ameaçar a segurança dos utilizadores e das suas relações amorosas: o stalkerware. O software é frequentemente utilizado em relações amorosas, em casos onde um dos parceiros sente que necessita que vigiar tudo o que o outro faz. Os programas são executados de forma oculta nos dispositivos das vítimas sem que estas notem ou consintam à sua utilização.
De acordo com um recém-publicado relatório, entre janeiro e agosto do ano passado, a Kaspersky registou mais de 518.223 casos de stalkerware em todo o mundo. Os números representam um aumento de 373% em comparação com o mesmo período em 2018. Só em Portugal, a empresa registou 93 casos nos primeiros oito meses de 2019, o que representa um aumento de 28% em relação a 2018, onde foram identificadas 67 ocorrências.
Para não deixar que os cibercriminosos estraguem o dia mais romântico do ano, a Kaspersky recomenda algumas medidas de prevenção. Os utilizadores em busca de uma cara-metade em aplicações de encontros devem sempre instalá-las de fontes confiáveis, verificando as permissões que lhes concede no seu smartphone ou tablet.
A partilha de demasiada informação pessoal com desconhecidos é outra prática a evitar. A Kaspersky aconselha os utilizadores a confirmar se as pessoas com quem falam na web são, de facto, verdadeiras e não perfis criados por hackers para cometer fraudes.
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