Em Los Angeles, as autoridades locais estão a solicitar acesso aos dados gerados pela utilização de trotinetes elétricas. O executivo alega que é essencial estudar estes dados para que sejam formuladas políticas de mobilidade mais adequadas à realidade da cidade. A Uber, que é uma das empresas visadas no pedido, acredita que aceder ao mesmo pode levar a que as autoridades locais montem "um esquema de vigilância" que, na pior das hipóteses, pode ser utilizado para perseguir cidadãos e organizações, escreve o político.

Moda das trotinetes elétricas pode começar a sair cara a quem não cumprir regras de trânsito
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As autoridades argumentam que o pedido serve para as ajudar a compreender como são utilizadas as trotinetes como meio de transporte; onde são largadas as trotinetes; e se as trotinetes são acessíveis a cidadãos com menos poder financeiro. A polícia não fará parte do grupo de entidades que teria acesso a estes dados, sendo que a cedência dos mesmos teria sempre de ser feita mediante a apresentação de um mandato. Adicionalmente, explicita que não exige ver os dados associados aos perfis pessoais dos utilizadores.

Em contrapartida, um grupo de especialistas em cibersegurança já veio a público explicar que a localização de uma dada trotinente é suficiente para revelar os movimentos de uma dada pessoa e parte das suas transações pessoais, uma vez que as trotinentes não têm de ser estacionadas em docas específicas; em vez disso, os veículos transportam as pessoas mesmo até às suas casas ou trabalhos.

A utilização de veículos elétricos partilhados, sejam eles trotinetes, bicicletas, carros ou motas, está a aumentar por todo o mundo. A digitalização da mobilidade faz com que sejam gerados muitos dados com cada uma das viagens e é possível que os executivos camarários, e até nacionais, revelem interesse em ter acesso a estas informações.