À medida que tenciona expandir o acesso à sua rede social a internautas mais jovens, o Instagram apresenta agora um novo conjunto de medidas concebidas para tornar a plataforma num local mais seguro para os utilizadores mais novos.
O Instagram explica que todas as novas contas que sejam criadas por utilizadores com menos de 16 anos, ou 18 no caso da União Europeia, vão passar a estar privadas por definição. Os utilizadores que pertencem a esta faixa etária que tenham contas públicas serão incentivados a torná-las privadas.
No entanto, a rede social indica que não obrigará os utilizadores a manterem-se privados, havendo a possibilidade de reverterem o nível de exposição das suas contas quando desejarem.
Para lá da mudança em relação às contas dos mais novos, o Instagram vai também tomar medidas para impedir que surjam contactos indesejados por parte de adultos. Para tal, a empresa vai recorrer a uma nova tecnologia que permite identificar contas que apresentem comportamentos suspeitos, como utilizadores que são frequentemente reportados ou bloqueados por jovens.
Uma vez identificadas, serão impostas restrições às contas em questão, impedindo-as de repetir os mesmos comportamentos. Além disso, o Instagram indica que vai deixar de apresentar contas de menores de idade na secção Explore, nos Reels e nas contas sugeridas a adultos considerados suspeitos. As contas sinalizadas não poderão seguir utilizadores menores, nem comentar em publicações feitas pelos mesmos.
Outra das grandes mudanças, que será aplicada transversalmente entre Instagram, Facebook e Messenger, terá impacto nos anúncios direcionados para os mais novos. A partir de agora, os anunciantes não poderão basear-se nos interesses ou atividade dos utilizadores jovens em outras apps e websites, mas sim em parâmetros como idade, género e localização.
Para o Instagram, o conjunto de mudanças apresenta-se como uma forma de fazer face às críticas em relação ao seu projeto de desenvolver uma nova versão da plataforma concebida apenas para jovens com menos de 13 anos.
Em maio, um grupo de 44 procuradores-gerais dos Estados Unidos apelou à empresa para que abandonasse a ideia, uma vez que apresenta sérios riscos para os mais novos. Os procuradores defendem que “o uso de redes sociais pode ser prejudicial para a saúde e bem-estar das crianças, que não estão preparadas para lidar com os desafios de ter uma conta numa destas plataformas”. Em questão está também um possível aumento de casos de cyberbullying, além de uma maior exposição a predadores online.
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