O projeto, que deverá tornar-se lei, foi aprovado num momento em que existe um impasse entre o Governo do primeiro-ministro Justin Trudeau e os gigantes tecnológicos norte-americanos.
A lei cria condições equitativas entre os gigantes da publicidade online e a indústria jornalística, em crise. O ministro canadiano do Património, Pablo Rodriguez, prometeu fazer frente ao que descreve como "ameaças" da rede social Facebook, detida pela Meta, e da Google para retirar o jornalismo das suas plataformas.
A Google ainda não se pronunciou, mas a Meta confirmou na quinta-feira que planeia cumprir o projeto de lei, acabando com a disponibilidade de notícias no Facebook e na sua outra rede social, o Instagram, para os utilizadores canadianos.
A Meta não quis dar pormenores sobre o calendário dessa medida, mas disse que vai retirar as notícias locais da plataforma antes de a lei das notícias online entrar em vigor. Já antes tinha admitido que poderia avançar com essa medida face ao endurecimento da posição do Governo.
Os meios de comunicação social tradicionais e os organismos de radiodifusão elogiaram o projeto de lei, que promete "aumentar a equidade" no mercado das notícias digitais e ajudar a trazer mais dinheiro para as redações, cada vez com menos jornalistas.
A Meta, com sede em Menlo Park, Califórnia, tomou medidas semelhantes no passado. Em 2021, bloqueou por algum tempo as notícias da sua plataforma na Austrália, depois de o país ter aprovado legislação que obrigava as empresas tecnológicas a pagar aos editores pela utilização das notícias. Mais tarde, fechou acordos com publicações australianas.
Espanha foi o primeiro país a avançar com uma lei que previa a remuneração dos produtores de notícias e por isso a Google fechou o canal de Google News em 2014. A mudança da lei em 2021 fez com que a tecnológica recuperasse essa área de divulgação de notícias de meios de comunicação espanhóis.
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