O responsável do FBI, que falava num comité da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos) sobre o Partido Comunista Chinês, sublinhou que tem havido "muito pouco foco público" numa ameaça cibernética que afeta "todos os americanos".
Pouco antes da audiência, o Departamento de Justiça e o FBI anunciaram o desmantelamento de uma botnet, composta por centenas de equipamentos, que eram propriedade de cidadãos e empresas nos Estados Unidos, "sequestrados" pelos hackers do grupo Volt Typhoon, apoiado pelo governo chinês.
"Os hackers da China estão a posicionar-se na infraestrutura americana em preparação para causar estragos e causar danos no mundo real aos cidadãos e comunidades americanos, se ou quando a China decidir que chegou a hora de atacar", alertou Wray.
Jen Easterly, diretora da Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestruturas (CISA, na sigla em inglês) do Departamento de Segurança Interna, expressou sentimento semelhante na audiência.
"Este é um mundo onde uma grande crise do outro lado do planeta pode muito bem pôr em perigo as vidas dos americanos aqui em casa através da interrupção dos nossos oleodutos, do corte das nossas telecomunicações, da poluição das nossas instalações de água, da paralisação dos nossos modos de transporte: tudo para garantir que possam incitar o pânico e o caos na sociedade e para impedir a nossa capacidade" de responder, frisou Easterly.
Estes comentários estão alinhados com avaliações de empresas externas de segurança cibernética, incluindo a Microsoft, que afirmou em maio que hackers chineses apoiados pelo Estado tinham como alvo a infraestrutura crítica dos EUA e poderiam estar a estabelecer as bases técnicas para a potencial interrupção de comunicações críticas entre o país e a Ásia durante crises futuras.
Esta operação, atribuída ao grupo Volt Typhoon foi interrompida depois de funcionários do FBI e do Departamento de Justiça terem obtido ordens de busca e apreensão por um tribunal federal do Texas. Os hackers infiltraram-se nos alvos por vários meios, incluindo fornecedores de Cloud e de Internet, disfarçando-se de tráfego normal.
Nos últimos anos, os EUA tornaram-se mais "agressivos" na tentativa de interromper e desmantelar operações cibernéticas criminosas e apoiadas por estados. Mas os hackers apoiados por estados, especialmente chineses e russos, são bons em adaptar-se e encontrar novos métodos e caminhos de intrusão.
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