O CEO da rede social, Mark Zuckerberg, justificou a decisão de entregar esses dados dizendo que estava “muito preocupado com os processos eleitorais e em proteger a sua integridade” e enfatizou que não quer que ninguém utilize “as nossas ferramentas para minar a democracia”.
A divulgação contém informações sobre o conteúdo e a segmentação dos anúncios, assim como das contas que pagaram cerca de 100.000 dólares para que eles circulassem entre 2015 e 2017 nos EUA.
O Facebook disse que a possível interferência russa nas presidenciais norte-americanas de 2016 e consequente manipulação "é contrária à missão do Facebook de construir a comunidade e tudo o que defendemos. É especialmente penoso que as pessoas tentassem usar nossos produtos para influenciar de forma maliciosa nossas eleições e dividir-nos como um país”.
Assim, a empresa decidiu também introduzir alterações para evitar a repetição deste tipo de situações, as quais passam por evitar a segmentação de anúncios ao tornar a publicidade mais transparente e ao reforçar o sistema de revisão de anúncios, quer automático quer humano.
As atualizações das suas políticas de anúncios também incluem o aperto nas restrições dos conteúdos, assegurando que aqueles que não se insiram nos padrões de comunidade não possam ser usados na segmentação de anúncios. Estes conteúdos referem-se a ataques a pessoas com base na sua raça, etnia, nacionalidade, afiliação religiosa, orientação sexual, sexo, género, entre outros.
Recorde-se que, na sequência da acusação do Kremlin ter influenciado as eleições norte- americanas através de uma campanha de disseminação de notícias falsas, o Facebook, a Google e o Twitter foram chamados a depor.
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