Agora que o número de casos de COVID-19 ultrapassa os 5.000 nos Estados Unidos, o Governo de Donald Trump está em negociação com gigantes tecnológicas, como a Google, e com especialistas na área da saúde para desenvolver um plano de forma a travar a disseminação da doença no país.
De acordo com fontes internas a que o The Washington Post teve acesso, o plano passa por usar os dados de localização dos smartphones para determinar a probabilidade de transmissão em diferentes regiões nos Estados Unidos. Os dados poderão também ser utilizados para perceber se a população norte-americana está, de facto, a cumprir as normas de quarentena ou de isolamento voluntário.
Embora o projeto possa levantar questões a nível da privacidade dos utilizadores, as fontes afirmam que os dados recolhidos serão agregados e tornados anónimos, sublinhando que as informações não serão utilizadas para seguir as ações de determinados indivíduos.
Embora o jornal-norte americano avançasse que o Facebook também estaria envolvido na parceria, Mark Zuckerberg confirmou à imprensa internacional, via videoconferência, que tal não é verdade. "Não estamos a par de qualquer tipo de negociação da nossa empresa com o Governo dos Estados Unidos, ou outro Executivo, que envolva a partilha de dados", elucidou o CEO da rede social. "Não imagino que fizesse sentido partilhar as informações dos utilizadores de uma forma em que estes não tivessem oportunidade de dizer se queriam ou não participar".
A Google confirmou à imprensa que está a trabalhar em parceria com o Executivo de Donald Trump. “Estamos a desenvolver uma forma de utilizar as informações de localização agregadas e anónimas para combater o COVID-19”, afirmou Johnny Luu, um porta-voz da empresa. “Uma das formas poderá ajudar as entidades de saúde a determinar o impacto do isolamento”. A Google também sublinha que não partilhará dados acerca da localização ou contactos de um determinado indivíduo.
A notícia da parceria entre o Governo norte-americano e as gigantes tecnológicas surge após Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, ter autorizado a agência de segurança interna do país a utilizar dados recolhidos dos telemóveis da população para combater o coronavírus.
Na prática, o governo israelita quer enviar alertar diretamente os indivíduos que não estão a respeitar a quarentena, ordenando-os que o façam. O executivo de Benjamin Netanyahu acredita que a medida pode ser eficiente, uma vez que, ao cruzar a localização destes dados, é possível aferir quem é que esteve em contacto com uma pessoa infetada.
Ainda no início de fevereiro, a China lançou a “Close Contact Detector”, uma aplicação que é capaz de monitorizar o número de pacientes infetados e alertar um utilizador caso tenha estado em contacto próximo de alguém doente.
Criada pelo Governo de Xi Jinping em parceria com a Comissão Nacional de Saúde e com a China Electronics Technology Group Corporation, a aplicação tem por base os dados recolhidos pelos vários sistemas de vigilância existentes no país.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com informação relativamente à participação do Facebook no plano do Governo de Donald Trump. (Última atualização: 9h04)
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