
Esta semana, representantes dos Estados Unidos e da China chegaram a um acordo para transferir o TikTok para um dono norte-americano. Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, já tinha avançado que o prazo-limite para manter a rede social disponível no país poderia ser prolongado para permitir que o acordo fosse finalizado.
Agora, essa possibilidade confirma-se, à medida que surgem novos detalhes sobre quem será o novo dono. Através de uma nova ordem executiva, Donald Trump prolongou o prazo-limite até ao dia 16 de dezembro. Note-se que este é o quarto adiamento do prazo para encontrar uma solução que evite o fim da rede social nos Estados Unidos.
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Ao que tudo indica, o negócio do TikTok no país será controlado por um consórcio de investidores que, nos Estados Unidos, inclui Oracle, Silver Lake e Andreessen Horowitz, avança o The Wall Street Journal, citando fontes com conhecimento na matéria.
O acordo prevê a criação de uma entidade norte-americana responsável por operar a app, com os investidores nos Estados Unidos a deterem uma participação de 80% e com os investidores chineses a deterem os restantes 20%.
Os investidores da ByteDance, incluindo a Susquehanna International, a KKR e a General Atlantic, fariam parte do grupo com participação de 80%. A nova empresa terá também um conselho de administração maioritariamente norte-americano, incluindo um membro designado pelo Governo dos Estados Unidos.
Além disso, o acordo prevê igualmente modificações na própria aplicação. Nos Estados Unidos, os utilizadores da atual versão terão de passar para uma nova, que o TikTok já desenvolveu e está a testar, com um conjunto de algoritmos de recomendação redesenhados. De acordo com a informação avançada, a Oracle será responsável pela gestão dos dados dos utilizadores a partir das suas instalações no Texas.
Espera-se que os pormenores do acordo sejam alvo de escrutínio por parte das autoridades dos Estados Unidos e da China, que continuam preocupadas com as implicações ao nível da segurança nacional. Foram aliás as preocupações acerca do controlo chinês da app que levaram o Congresso norte-americano a aprovar uma lei assinada pelo anterior presidente Joe Biden em 2024.
A lei definia que o TikTok seria desligado no país se a operação não saísse do controlo de uma empresa chinesa alegadamente com fortes ligações ao regime de Pequim, que justificaram a decisão e os receios de que a plataforma fosse usada para espiar e manipular os utilizadores norte-americanos.
Donald Trump, que tinha intenção de banir o TikTok no seu primeiro mandato, acabou por mudar de ideias quando regressou à Casa Branca. Com a decisão de proibição suspensa, o prazo para manter a rede social "viva" no país tem sido sucessivamente adiado, à medida que procura por interessados e a negociação dos detalhes técnicos avançava.
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