O número de ciberataques registados por todo o mundo aumentou exponencialmente desde que a pandemia de COVID-19 começou. Agora, uma investigação do National Cyber Security Centre (NCSC) do Reino Unido e da Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) dos Estados Unidos afirma que existem grupos de espiões informáticos internacionais a tentar roubar informação sobre a COVID-19.

As entidades indicam em comunicado que têm investigado vários incidentes de cibersegurança recentes que tiveram como “alvo” empresas farmacêuticas, organizações de pesquisa na área da saúde e universidades.

Embora tenham identificado um grande nível de atividade por parte de hackers, fontes do NCSC afirmaram à BBC que, para já, ainda não houve qualquer roubo de informação. As entidades de cibersegurança não indicaram a origem dos espiões informáticos, no entanto, crê-se que possam vir da China, Rússia ou Irão.

COVID-19 fez disparar o cibercrime em Portugal. Especialistas em segurança não têm mãos a medir
COVID-19 fez disparar o cibercrime em Portugal. Especialistas em segurança não têm mãos a medir
Ver artigo

O NCSC e a CISA alertam as organizações de saúde e de investigação na área para uma das técnicas mais frequentemente utilizadas pelos hackers: o “password spraying”. Nela, os cibercriminosos tentam usar palavras-passe comuns para comprometer todas as contas que usam as credenciais.

As agências de cibersegurança indicam que vão continuar a investigar as atividades relacionadas com campanhas de “password spraying” em massa. Tanto a NCSC como a CISA preveem que o número de espiões informáticos em busca de informações sobre a COVID-19 venha a aumentar. Assim, recomendam precaução e cuidados redobrados às organizações de saúde e de investigação na área.