Novos dados do Portal da Queixa revelam que, neste ano, as reclamações relativas à Black Friday quase duplicaram. Das 1.119 reclamações relacionadas com o Comércio Eletrónico registadas entre 1 de novembro e 2 de dezembro, 416 queixas relacionavam-se com época de descontos e promoções. O valor representa um aumento de 59% face ao período homólogo em 2019, altura em que o número de reclamações em questão tinha atingido as 262.

A categoria mais visada foi a da Tecnologia, Informática e Som, com 40,6% das queixas. O comércio de Moda e Joalharia reuniu 17,8% das reclamações, seguindo-se o do Mobiliário e Decoração, com 5%, e os Híper e Supermercados, com 2,3%.

Para os consumidores, o principal problema da Black Friday 2020 foi a dificuldade na entrega das encomendas, que gerou 33,3% das reclamações. A rutura de stock foi o segundo maior motivo de reclamação, com 17,8% das queixas, e a alteração do preço do produto fecha o “pódio” com 16,9%.

A análise do Portal da Queixa detalha que entre os dias 1 de novembro e 2 de dezembro foram registadas 1.705 reclamações dirigidas ao setor do Correio, Transporte e Logística, o que representa um aumento de 62% face a 2019, onde foram contabilizadas 1.052 queixas.

Ao todo, neste setor, registaram-se uma média de 53 reclamações diárias. Entre os principais motivos das queixas estão os atrasos da encomenda, com 57,6%, a falta de reposta, com 25,3%, e a não entrega do produto, com 15,2%.

É certo que as restrições de circulação devido à pandemia de COVID-19 fizeram disparar o número de compras feitas online durante a Black Friday e a perspetiva é que venha a aumentar com a chegada da época natalícia. Para ajudar os consumidores a manterem-se atentos aos esquemas fraudulentos, o Portal da Queixa lançou a campanha #NãoSejasPato, que conta com a adesão de várias entidades como: OLX, MB WAY, Worten, CTT, KuantoKusta e euPago.