Um estudo revela agora novos detalhes acerca das atitudes dos internautas em relação à sua privacidade online. Ao todo, 73% dos inquiridos com idades entre os 16 e os 74 anos afirmam estar preocupados com a forma como é usada a informação online recolhida sobre eles. Apenas 3% dos entrevistados acreditam ter um controlo total sobre a divulgação e remoção dos seus dados online.
Os dados do relatório, que inclui três grandes estudos quantitativos realizados em diferentes países europeus, incluindo Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suécia entre 2019 e 2021, dão a conhecer que 68% dos participantes se sentem céticos em relação à forma como as empresas usam os seus dados para fins de marketing.
Porém, os participantes que se sentiam mais próximos de uma marca eram mais propensos a dar permissão à mesma para lhes mostrar ofertas que considerariam mais “valiosas” baseadas em informação mais detalhada.
Os especialistas detalham que existe uma dicotomia nas atitudes dos inquiridos, descrita como uma espécie fosso entre dizer e fazer. Por um lado, 80% dos entrevistados disseram estar preocupados com o potencial uso indevido da sua informação pessoal.
Por outro, 93% também concordariam em fornecer às empresas dados que poderiam ser considerados sensíveis, como nome, morada, informações de contato ou detalhes do agregado familiar, em troca de um determinado serviço.
O relatório, encomendado pela Google à Ipsos, dá também a conhecer detalhes sobre a relação dos participantes com o mundo da publicidade online. Nove em cada 10 adultos afirmam ser mais propensos a comprar com marcas que disponibilizam ofertas e recomendações relevantes para eles.
Os entrevistados mostravam também uma possibilidade três vezes maior de responder positivamente à publicidade quando sentiam um maior de controlo sobre como seus dados estavam a ser usados.
Passando do mundo dos consumidores para o das empresas, o relatório da Ipsos sublinha que as marcas que não dão à privacidade a atenção que merece correm o risco de perder a confiança e o respeito dos seus clientes. Em linha com as conclusões do relatório, Matt Brittin, presidente de negócios e operações do Google na EMEA, enfatiza que “a privacidade já não é algo que é bom ter: para os clientes é essencial”.
“Não há futuro para a publicidade digital sem privacidade. É vital que as marcas e os líderes se adaptem a este cenário em evolução, investindo numa melhor medição de ponta a ponta, criando uma troca de valor clara e bidirecional em torno dos dados primários e abraçando novas competências e parcerias”, afirma o responsável.
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