A ideia surgiu no início de 2020, quando o primeiro confinamento devido à pandemia da COVID-19 obrigou as escolas a passar a modo de ensino à distância. Na altura Rui Nuno Castro percebeu que existiam muitos alunos com enorme dificuldade em acompanhar as atividades escolares por falta de computador e colocou mãos à obra para ajudar a resolver o problema.

Este foi o início do Student Keep, que passa identificação de empresas e organismos com computadores usados que podem ser recondicionados e a mobilização de voluntários que procedem à limpeza e preparação dos equipamentos antes de poderem depois chegar às mãos de alunos que deles precisam.

Apesar de já não ser obrigatória a telescola, e das aulas estarem a ritmo normal, continua a haver quem precise de computador para fazer os trabalhos de casa, ou acompanhar as atividades à distância se está em isolamento profilático.

As imagens das maratonas de recondicionamento dos equipamentos e das entregas nas escolas mostram apenas uma parte da história do projeto que conta com mais de 170 voluntários.

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Rui Nuno Castro explica ao SAPO TEK que o nos últimos meses o trabalho nunca parou, e que "ultrapassámos os 4.000 equipamentos informáticos recondicionados e distribuídos".

A organização tem crescido e fez um protocolo recente com a Associação Académica de Coimbra para a instalação do hub tecnológico de Coimbra no Estádio Cidade de Coimbra, onde já está a operar. É mais um hub que se junta ao que já existe Lisboa, em parceria com a EDP, servindo de "laboratório colaborativo" onde os voluntários se encontram e trocam experiências e também onde são processadas as doações de equipamentos informáticos de maior dimensão, normalmente provenientes de empresas ou de outras organizações que apoiam a Student Keep.

O projeto Student Keep também já chegou a Cabo Verde, em parceria com a Cabo Verde Digital e continua de portas abertas para quem queira juntar-se ao grupo de voluntários ou doar equipamentos.