Leonardo Wille, da Niantic, tecomo como trabalho supervisionar os mercados emergentes, no seu caso Brasil e Turquia. Esteve presente no BIG Festival para explicar a filosofia da empresa no desenvolvimento de projetos de realidade aumentada e como se tornou líder neste mercado.
Para criar jogos baseados no mundo real, como Pokémon GO ou Harry Potter: Wizards United, o estúdio baseia-se em três pilares essenciais: a exploração do mundo real, a possibilidade de os jogadores fazerem exercício e as relações sociais no mundo real. Diz que a pandemia foi um desafio para este conceito, mas com a melhoria da situação da COVID-19, as pessoas já estão a voltar à rua para explorar os seus jogos.
Esta filosofia de sair de casa para jogar, foi inspirado no seu próprio fundador, que tinha um filho sempre trancado em casa para jogar, e decidiu criar experiências para o levar para a rua. O objetivo é encontrar pessoas para fazer batalhas, incentivando as pessoas a saírem de casa para se encontrarem no mundo real e participarem em experiências conjuntas.
Veja na galeria imagens do Pokémon GO:
Depois da pandemia, a Niantic voltou em força ao negócio e só em 2021, foram adicionados 3,84 milhões de pontos de interesse no mundo real, os chamados wayspots. Todos os seus jogos têm estes pontos reais, tais como estátuas, monumentos, que os jogadores podem usar nas próprias experiências do jogo. Como curiosidade, o Brasil foi o terceiro país em que os jogadores mais caminharam enquanto jogavam os seus jogos, depois da Coreia do Sul e Taiwan.
O Pokémon GO é, sem dúvida, o seu maior sucesso, que é uma bandeira do conceito de exploração, em que os jogadores podem visitar qualquer parte do mundo para descobrir novas criaturas. As multidões de pessoas para apanhar pokémons mais raros mobilizaram milhares de pessoas num único local, fenómeno que nenhum outro título da empresa conseguiu. Diz que apesar de Pokémon GO não ter a mesma expressão que a explosão do seu lançamento 2016, em 2021 foram registados os melhores números dos últimos anos, coincidindo com o regresso das pessoas ao jogo no pós-confinamento.
Nas suas campanhas regionais, o estúdio realizou diversas atividades e iniciativas presenciais, tais como o Dia dos Mortos, baseado no folclore tradicional no México e o Brasil 40 Graus, oferecendo experiências diferenciadoras aos jogadores. Nestas ações são disponibilizadas ferramentas de comunidade para trazer novos utilizadores ao universo. A empresa diz que no Brasil, México, Chile e outros países globais estão neste momento a registar um crescimento muito eficaz.
Veja na galeria imagens do BIG Festival:
Os eventos ao vivo continuam a ser o pilar que a Niantic quer apostar, o trazer para o mundo real as aventuras dos jogos.
E apesar dos lançamentos da Niantic não superarem Pokémon GO, alguns até já foram descontinuados, como a aventura de Harry Potter em realidade aumentada, o estúdio continua a introduzir novas experiências no mercado. E já tem duas grandes apostas para o futuro. O primeiro é Peridot, mais um título jogado no mundo real e já tem uma beta que foi lançada em soft launch. A empresa diz que é um pouco diferente dos jogos anteriores, pois pretende criar uma relação mais estreita entre o utilizador e a sua mascote virtual.
O jogo tem um sistema avançado de mapeamento de realidade aumentada, ou seja, é capaz de reconhecer o tipo de superfície em que a personagem está. Por exemplo, se estiver em cima da relva é reconhecido o piso e o comportamento da personagem adapta-se convenientemente.
Outra novidade é o jogo de realidade aumentada em produção com a NBA, o NBA All World, com algumas novidades sobre a interação com este desporto. O NBA All-World vai desafiá-lo a explorar o seu bairro à procura de algumas das maiores estrelas da liga profissional de basquetebol dos Estados Unidos, como Chris Paul, Steph Curry e James Harden. Estes jogadores podem depois ser desafiados em minijogos virtuais.
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