
Há já muito tempo que se falava do GPT-5, a próxima geração do modelo que “alimenta” o ChatGPT. Além dos rumores, ainda antes do anúncio oficial, o GitHub tinha revelado acidentalmente a nova linha de modelos GPT-5 numa publicação no seu blog, noticiou o The Verge. A informação, entretanto eliminada, já dava conta que esta geração contava com “melhorias significativas” nas capacidades de raciocínio, mas também na qualidade do código gerado e na experiência dos utilizadores.
"Lançámos o ChatGPT há 32 meses e, desde então, tornou-se, para muitas pessoas, na maneira predefinida de usar IA", começou por explicar Sam Altman, CEO da OpenAI, durante o lançamento. Hoje, o chatbot conta com 700 milhões de utilizadores todas as semanas, que "dependem cada vez mais dele para trabalhar, aprender, aceder a conselhos, para criar e muito mais".

Nas palavras do responsável, o GPT-5 representa um avanço significativa em comparação com o GPT-4 e "um passo importante" no caminho da tecnológica rumo à AGI, com sistemas tão ou mais inteligentes do que os humanos.
Se usar o GPT-3 e o GPT-4 era como falar com um aluno do ensino secundário, ou com um estudante universitário, respetivamente, usar o GPT-5 é como conversar com um "verdadeiro especialista", com conhecimentos ao nível de um doutorado "em qualquer área", afirmou Sam Altman.
Mas não é só nas conversas onde a nova geração se promete destacar. "O GPT-5 é capaz de criar um programa completo para computador a partir do zero", indicou o responsável, acrescentando que esta é uma área que a OpenAI considera ser uma das características principais da "era GPT-5".
Como explicaram os especialistas da tecnológica, o GPT-5 destaca-se pelas capacidades avançadas de raciocínio, uma área que está no "coração" do seu programa de AGI. Antes, os utilizadores tinham de escolher entre as respostas rápidas dos modelos standard e as respostas mais "lentas", mas mais desenvolvidas dos modelos com capacidades de raciocínio. "O GPT-5 elimina a necessidade de fazer essa escolha", independentemente de estar a ser usada a versão gratuita ou paga.
De acordo com a empresa, o GPT-5 demonstra um bom nível de desempenho em vários benchmarks, em áreas como programação, raciocínio multimodal e matemático, superando o dos seus modelos anteriores, mas também outros que já estão disponíveis no mercado.
A tecnológica afirma que a precisão do modelo foi melhorada, de modo a reduzir halucinações, mas também ser mais honesto, seguro e para apresentar informação mais exata sobre tópicos como saúde ou temas económicos. Segundo a empresa, as respostas do GPT-5 têm cerca de 45% menos probabilidade de conter erros em comparação com o GPT-4o. Quando é usado o modo de raciocínio, essa probabilidade desce para menos de 80% em comparação com o modelo o3.
O GPT-5 passa a estar disponível a partir de hoje para os utilizadores das versões gratuitas, Plus e Teams do ChatGPT. Na próxima semana, o modelo estará disponível para as contas Enterprise e Edu.
Para quem usa a versão gratuita, quando chegar ao limite de utilização, o ChatGPT passa a fazer uso do GPT-5 Mini, uma versão mais "pequena" do modelo. Os assinantes do plano Pro terão acesso ilimitado ao modelo, assim como ao GPT-5 Pro, cujas capacidades de raciocínio são ainda mais avançadas para respostas mais detalhadas. Com a chegada do GPT-5, a anterior geração de modelos da OpenAI deixará de estar disponível.
O modelo passa também a estar disponível na API para developers, neste caso, em três versões adaptadas a diferentes necessidades de desempenho: GPT-5; GPT-5 Mini; e GPT-5 Nano. Os preços começam nos 0,05 dólares por milhão de inputs e 0,40 dólares por milhão de outputs para a versão Nano. A elas junta-se ainda uma versão chamada GPT-5-chat-latest, sem capacidades de raciocínio profundo e otimizada para experiências mais simples de conversa.
Que novidades chegam ao ChatGPT?
A OpenAI detalha que, com a estreia do GPT-5, o ChatGPT passa a "pensar mais profundamente" sempre que os utilizadores precisam, fazendo o trabalho de uma equipa de especialistas para responder a dúvidas complexas em múltiplas áreas. Em linha com as mudanças anunciadas recentemente, o chatbot vai passar também a apresentar informação mais precisa sobre saúde, funcionando como um parceiro de reflexão.
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Na escrita, a OpenAI aponta para uma maior eficácia, com o chatbot a ajudar na criação de textos mais claros e envolventes. Já na programação, as capacidades do GPT-5 permitem que o ChatGPT colabore em tarefas mais exigentes, apresentando código mais fiável e identificando erros de maneira mais eficaz.
A par de novidades concebidas especificamente para developers e empresas, há também espaço para funcionalidades de personalização, sendo possível selecionar uma personalidade própria para o chatbot e até definir a cor da sua interface. Além do modo de estudo, contam-se ainda melhorias nas interações por voz, que permitem que o ChatGPT entenda melhor o que é dito, adaptando a sua voz aos gostos dos utilizadores, e uma integração com o Gmail e o Google Calendar, para obter respostas personalizadas com base em emails e eventos.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 20h12)
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