2020 é “um ano especial” e a Microsoft Portugal está focada em ajudar os clientes a fazer face a esta transformação digital a que as empresas foram obrigadas, com a pandemia da COVID-19, mas que potenciou mudanças em processos e cultura de trabalho, mas também no envolvimento digital com clientes e a criação de novos serviços online. A garantia é de Paula Panarra, diretora geral da Microsoft Portugal, num encontro com jornalistas através do Microsoft Teams, a ferramenta da empresa que tem visto um crescimento exponencial em todo o mundo e que já chega a mais de 600 mil alunos em Portugal.
A empresa está a assinalar os 30 anos em Portugal, depois de um início em 1990 com apenas uma pessoa, e com o nome de MSFT Portugal. “Hoje temos mais de 1.000 pessoas a trabalhar para a Microsoft Portugal, um número que inclui pessoas que trabalham em equipas internacionais e cerca de 700 engenheiros do Centro de Costumer Experience”, adiantou Paula Panarra, explicando que nos últimos 4 anos a empresa duplicou a presença em Portugal e “fez um trabalho grande de atração e disponibilização de talento”.
O negócio também evoluiu e nos últimos anos a Microsoft Portugal tem crescido a dois dígitos, embora não revele números de faturação nem detalhe valores por país. “Procuramos ativar Portugal e estamos a fazê-lo com o ecossistema de parceiros e startups, suportando a transformação para o digital e o desenvolvimento de competências e talento, das nossas pessoas e de Portugal”, sublinha a diretora geral da empresa, afirmando que a Microsoft tem estado presente em áreas de transformação na energia, novo retalho, novos serviços financeiros mas também no apoio de pequenos negócios que estão a fazer esta mudança.
No ano passado a Microsoft Portugal estreou uma sede renovada, com um novo conceito de trabalho, mas para já a maioria dos colaboradores continuam a trabalhar a partir de casa, como a própria diretora que confessa que fez da sala de casa o seu novo escritório.
O peso de mais de 60% da Cloud na faturação é um exemplo dessa transformação que a Microsoft registou nos últimos anos. Outras áreas também têm crescido, como o hardware, e em resposta ao SAPO TEK Paula Panarra confirma que esta área é cada vez mais importante, destacando o trabalho que tem sido feito com o Surface e a família de tablets que tem evoluído e que já possui um portfólio alargado, onde cabe também o Surface Hub, que tem sido alvo de maior procura pelas empresas e escolas nesta nova realidade. Mas ainda não há novidades para o Surface Duo em Portugal. A partir de amanhã está disponível também a nova consola Xbox, em pré reservas, com chegada às lojas a 10 de novembro, e Paula Panarra confirma que a expectativa é grande.
A área das parcerias foi também destacada e Paula Panarra diz que a Microsoft tem mais de 2 mil empresas no ecossistema de parceiros que “têm capacidade de criar valor na economia portuguesa” e que a empresa tem também ajudado a internacionalizar.
“Temos 68 parceiros com soluções registadas no catálogo internacional, uma aposta que fizemos para que qualquer equipa da Microsoft, em qualquer ponto do mundo, posicione estas soluções”, explica Paula Panarra.
Transformação digital a acelerar
A Microsoft Portugal, tal como outras tecnológicas, tem dado conta da aceleração da procura de soluções na sequência da pandemia da COVID-19 que está a afetar o mundo inteiro. Com as restrições e confinamentos as organizações tiveram de deslocar as suas forças de trabalho para casa e mudar os paradigmas de colaboração para o trabalho à distância, e o mesmo aconteceu noutras áreas, nomeadamente na educação.
Paula Panarra diz que depois da primeira fase de “resposta a emergência” a Microsoft Portugal está agora focada na ajuda na recuperação económica e “na capacidade de transformar e reinventar processos e negócios”.
No primeiro momento houve a necessidade urgente de colocar todas as organizações em trabalho remoto e a Microsoft deu apoio a “fazer o deployment tecnológico e muitas sessões de formação para que utilizador final soubesse como tirar partido das ferramentas como Teams ou Onenote”. Nesta segunda fase o trabalho é mais focado na resiliência das equipas de tecnologia, em assegurar que a arquitetura da empresa suportava os novos desafios e nas questões de cibersegurança, afirma Paula Panarra lembrando que “houve aumento muito significativo de ataques […] principalmente a infraestruturas críticas”, e que foi feito muito trabalho de sensibilização para as necessidades de novo paradigma de segurança.
Agora a empresa está a preparar a “retoma da convivência entre presencial e remoto nos processos de trabalho” e em reimaginar os processos de trabalho, envolvimento digital com clientes e criação de novos serviços. A diretora geral da Microsoft Portugal afirma que “há muitas empresas a trabalhar a fase seguinte, nos processos de trabalho, a alterar a cultura, e equipas inteiras que estão a ser estudadas para ficar permanentemente em teletrabalho”, mas também no paradigma de serviços digitais e alteração dos modelos de acesso e ligação com os clientes.
“As empresas que já tinham serviços para o digital mais rapidamente retomaram as atividades”, lembra Paula Panarra.
Uma das preocupações sublinhadas pela diretora da Microsoft Portugal foi também a área das competências digitais, cada vez mais críticas para todos, e não apenas para quem trabalha em tecnologia. A empresa está envolvida em várias iniciativas e vai continuar a apostar nesta área, através do LinkedIn, do programa Upskills e também de uma iniciativa que vai ser anunciada com a Fundação José Neves.
Em janeiro de 2021 a Microsoft Portugal vai voltar a organizar a sua conferência Building the Future, este ano num formato digital que foi pensada para ser uma experiência baseada em três pilares, com casos da indústria e a repensar o futuro. A data já está marcada e vai ser nos dias 26, 27 e 28 de janeiro de 2021.
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