A pandemia de COVID-19 e a adoção de um novo estilo de vida mais digital devido às medidas de isolamento social implementadas para controlar a propagação da doença estão a ter um profundo impacto no mundo tecnológico e o mercado dos computadores não é uma exceção. Depois de uma queda no primeiro trimestre do ano, causada por disrupções na cadeia de produção, o mercado volta a crescer, avançam as mais recentes análises da IDC e da Gartner.

Por um lado, em linha com as previsões apresentadas anteriormente, a IDC indica que o número de envios de equipamentos para as lojas a nível internacional apresenta um crescimento na ordem dos 11,2% no segundo trimestre, atingindo um total de 72,3 milhões de unidades.

a Gartner avança que o crescimento se situou nos 2,8%, totalizando 64,8 milhões de unidades enviadas para as lojas de todo o mundo. A variação entre os valores apresentados pelas consultoras resulta do facto de a Gartner não ter incluído a distribuição de Chromebooks na sua análise.

Ambas as consultoras afirmam que o crescimento do mercado foi motivado pela maior produção de PCs após a disrupção das cadeias de produção devido à COVID-19 e ainda pela maior procura por equipamentos para fazer face às novas necessidades dos utilizadores cujo trabalho ou educação passaram para o mundo digital.

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O segmento dos portáteis foi o que mais cresceu durante o período em análise, embora as consultoras prevejam que a procura acrescida continue ao longo de 2020. De acordo com Linn Huang, vice-presidente do departamento de pesquisa da IDC, espera-se que a procura continue até ao final de julho. A partir daí e, à medida que o mundo entre numa crise económica devido à pandemia, é muito provável que a situação se altere para o pior dos cenários.

Tanto para a IDC como para a Gartner, a HP e a Lenovo foram as empresas que mais equipamentos lançaram para o mercado durante o segundo trimestre de 2020, se bem que apareçam em posições alternadas nas listas das consultoras. No terceiro lugar dos “pódios” de ambas está a DELL. No que toca à distribuição por região, as consultoras explicam que o número de envios excedeu as expectativas na América do Norte, assim como na Europa, Médio Oriente e África.