Os analistas da IDC afirmam que houve um pico na procura de computadores portáteis e tablets no primeiro trimestre do ano, devido ao isolamento e situações de teletrabalho forçados pela pandemia do coronavírus. As empresas viram-se na necessidade de adquirir equipamentos para os seus funcionários continuarem a exercer as suas funções, assim como os estudantes que passaram a receber aulas online. A IDC prevê um aumento de um terço relativo ao mesmo período do ano passado.
Segundo a investigadora da IDC, Malini Paul, muitos distribuidores e retalhistas da Europa Ocidental tiveram problemas de stock. A especialista aponta para um corte de 15-20% na distribuição de equipamentos oriundos da China para a Europa, devido ao encerramento das fábricas em Wuhan, durante a pandemia. “Mais de 90% dos computadores portáteis e tablets importados para a Europa são fabricados e montados na China”, refere a investigadora. A IDC afirma que a mesma situação no sector se aplica à Europa Central e de Leste, com um aumento de procura devido ao isolamento, tanto de empresas como consumidores.
Na sua previsão para o segundo trimestre do ano, a IDC afirma que a produção na China já se encontra novamente operacional, mas o mercado vai agora sofrer com o encerramento das fronteiras na Europa; e a logística internacional, “a meio gás”, vai refletir-se na demora da distribuição dos equipamentos. O receio da especialista é compreender se o pico na procura registado no primeiro trimestre será sustentável no segundo, com alguns negócios a ficarem mais frágeis devido à pandemia e as empresas a retraírem-se no investimento nos computadores.
Na sua previsão, a IDC considera que o sector dos computadores pessoais não vai sofrer tanto da rápida contração da performance económica, como vai acontecer noutros sectores. A especialista considera que os computadores são um elemento-chave na produtividade dos trabalhadores que estão em casa. Mas por outro lado, muitas das encomendas de computadores para os escritórios serão canceladas, até se manter esta pandemia.
A empresa conclui que, no final de março de 2020, o mercado de computadores pessoais desça apenas 5% na Europa Ocidental, mas o impacto será maior na Europa Central e de Leste.
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