O dispositivo de realidade virtual da Meta, ex-Facebook, que vai suceder aos Oculus Quest 2, deve integrar ecrãs uOLED, uma evolução da tecnologia OLED e só chegará ao mercado no final de 2023.

A informação é avançada por Brad Lynch, analista e YouTuber, e vem, supostamente, levantar mais um pouco do véu em relação às caraterísticas do modelo e posicionar de forma mais precisa a data de lançamento do headset.

Na edição de 2021 do Facebook Connect, onde Mark Zuckerberg anunciou a mudança de nome do Facebook para Meta, já tinha sido apontado que o sucessor dos Oculus Quest 2 só chegaria em 2023. A maior novidade do rumor é o mês em que pode vir a acontecer. A confirmar-se esta previsão seria entre setembro e outubro, data normal da Connect, que se espera seja o palco do anúncio, ou pouco depois disso. O rumor também garante que as definições finais do modelo estão fechadas e que já acordo para a produção com a Changxin Technology.

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Antes disso, sabe-se que a empresa está a planear outro lançamento importante na área da realidade virtual, com o projeto Cambria. Já se sabe que o dispositivo não vai suceder aos Quest e será posicionado para um segmento mais alto.

A Meta explicou em outubro passado que se trata de um periférico que permite captar os sentidos e todos os detalhes faciais das pessoas, tais como óculos, barbas, mas também o tom de pele e traduzi-los nos respetivos avatares digitais no metaverse. Disse também que o periférico vai permitir escrever ou tomar notas em realidade virtual, sem retirar os óculos, fazendo a ponte entre elementos da realidade para o virtual.

Lynch garante agora que o Cambria vai contar com ecrãs Mini-LED e será lançado no segundo trimestre do ano, altura em que costuma decorrer a conferência de programadores da Meta. Em linha com a mudança de nome do grupo e o novo posicionamento, o dispositivo não vai chamar-se Oculus Cambria nem Quest Pro, mas Meta Cambria e vai chegar ao mercado com a intenção de vender três milhões de unidades no primeiro ano.

Para conhecer, ou mesmo comprar, o sucessor do Oculus Quest 2, será necessário esperar mais um pouco e há quem avance também algumas justificações para isso. Até novembro do ano passado, a Meta terá vendido 10 milhões de unidades do Quest 2. O dispositivo é o maior sucesso até agora da fabricante nesta área e as vendas estão no seu ponto mais alto. Procurar antecipar um sucessor neste momento, seria precipitar a queda de vendas de um equipamento com procura, razão pela qual a aposta este ano estará centrada num modelo com caraterísticas diferentes.

Brad Lynch tinha também já avançado que a Meta não quer integrar a nova geração de processadores da Qualcomm nos Quest 3 (Snapdragon XR3) e que está a trabalhar num processador próprio. O tempo dirá se é assim.