C-Academy tem financiamento do PRR para formar quase 10 mil profissionais em cibersegurança

Fátima Caçador

9 jun 2022 11:15

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A iniciativa junta várias instituições de ensino superior e vai ter início já no terceiro trimestre deste ano, prevendo a formação de 9.800 profissionais de cibersegurança.

O lançamento da C-Academy foi anunciado na intervenção inicial do terceiro dia do C-Days 2022, a conferência do Centro Nacional de Cibersegurança que decorre no Centro de Congressos do Estoril e que o SAPO TEK está a acompanhar.

Mário Campolargo, secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, explicou que esta é uma das iniciativas que está a ser colocada no terreno para reforçar os níveis de cibersegurança em Portugal, com um programa avançado de formação em cibersegurança que pretende formar até 9.800 profissionais.

O programa vai ter início no terceiro trimestre de 2022 e estende-se até 2026 e a ambição é que se estenda a todos os distritos de Portugal. Para isso junta já uma série de universidades e politécnicos, que vão colocar no terreno a formação que vai estar alinhada com as competências definidas no Quadro Nacional de Referência para a Cibersegurança (QNRCS).

A formação vai funcionar num modelo de microcréditos, através de cursos intensivos de 35 e de 70 horas e envolve mais de vinte instituições de ensino.

Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, explicou ao SAPO TEK que primeiro o objetivo foi criar o referencial de formação com o Quadro Nacional de Referência para a Cibersegurança e depois foi feito um trabalho de produção da oferta formativa, com 44 módulos com duração de 35 a 70 horas, e desenho de 17 percursos dentro da área da cibersegurança.

A ideia de envolver as entidades de formação permite chegar com capilaridade a todo o território português, incluindo as ilhas, mas também "a médio prazo que estes módulos venham a ser creditados com ECTs e que venham a formar graduações que conferem grau a quem os tira, e eventualmente um mestrado, ou mais, nesta área".

Hoje assinaram o protocolo 21 entidades e Lino Santos diz que há manifestações de interesse de mais organizações. Em palco estiveram a Universidade de Aveiro, Instituto Politécnico de Beja, Universidade do Minho, Instituto Politécnico de Bragança, Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Universidade da Beira Interior, Universidade de Évora, Universidade da Madeira, Instituto Politécnico da Guarda, Instituto Politécnico de Leiria, Nova School Of Law, ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Universidade do Porto, Instituto Politécnico de Santarém, Instituto Politécnico de Tomar, Instituto Politécnico de Viana Do Castelo, Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro, Instituto Politécnico de Viseu, Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas: CRUP e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT/FCCN).