"A Aliança para a Cibersegurança será uma plataforma de coperação, agregadora de melhores práticas, e que proativamente acelera a sua adoção pelo mercado". Este é o mote a Aliança que acaba de ser formalizada na conferência C-Days2022, organizada pelo CNCS, e que está a decorrer no Centro de Congressos do Estoril e que o SAPO TEK está a acompanhar.
A Aliança foi apresentada por Manuel Eanes, Administrador da NOS, mas integra mais de uma dezena de empresas e organizações, como a Sonae, CTT, ANA, Galp, Jerónimo Martins, EDP e José de Mello Saúde.
"Fomos desafiados pelo Centro de Cibersegurança para esta aliança que resulta sempre de um projeto de colaboração", explicou Manuel Eanes, adiantando que este tipo de iniciativa acontece com o CNCS e os players e playser privados, à semelhança do que se fez nos Estados Unidos e na Holanda, "mas sempre o objetivo de agregação de vontades".
Durante a apresentação, Manuel Eanes detalhou que a Aliança tem três objetivos principais, de garantir que as melhores práticas são sintetizadas e estão disponíveis, disseminar a base de conhecimento junto das empresas e atuar como incubadora de projetos de interesse.
O administrador da NOS admitiu que o cenário da cibersegurança em Portugal "não está com boa pinta" e que o contexto internacional não ajuda, e que é cada vez mais relevante as empresas estarem preparadas para responder aos novos desafios.
Já na abertura do terceiro e último dia do CDays 2022 Mário Campolargo, secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa tinha lembrado que os incidentes dos últimos meses, com impactos relevantes em grandes empresas, mostraram que as redes não são à prova de tudo.
Embora tenha assumido recentemente funções governativas em Portugal, o secretário de Estado diz que acompanha o CDays há vários anos e recorda que os temas da cibersegurança já são olhados de forma séria há vários anos, citando a aprovação em 2015 da primeira estratégia nacional de segurança do ciberespaço, que foi renovada em 2019, a que se juntou em 2018 o regime jurídico da segurança no ciberespaço, com a transposição da diretiva NIS, e em 2021 a legislação que estabelece obrigações de organização interna e adoção de regras para entidades em setores considerados críticos.
"É importante que todas as entidades assumam a cibersegurança como valor estratégico", avisa Mário Campolargo, reforçando a ideia de que a prevenção começa em cada um de nós, na capacidade de antecipar os riscos, de os acolher e gerir.
Por isso sublinhou também a relevância da criação da Aliança para a Cibersegurança, que foi formalizada no memorando que hoje foi assinado, lançando a apelo a que mais organizações se juntem à iniciativa e elogiando o facto de não estar limitado à Administração Pública, acolhendo também o meio empresarial.
O secretário de Estado terminou a sua apresentação destacando a ideia de que é preciso estar preparado para enfrentar os desafios da cibersegurança. "Se vos derem 6 horas para cortar uma árvore é melhor que usem 3 horas para afiar o machado", avisou o Mário Campolargo, explicando que no contexto da ciberserguança "não sabemos quando vamos ter de cortar a árvore, mas sabemos que quando esse momento chegar temos de ter o machado afiado".
Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação durante a conferência. Última atualização 10h51
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