De acordo com novos dados avançados pela IDC, no segundo trimestre do ano, o mercado de PCs registou uma queda de 13,4 %. Os analistas indicam que esta é a sexta queda consecutiva no mercado, causada por uma conjuntura macroeconómica pouco propícia para o crescimento, além de baixa procura e mudanças nos orçamentos de TI das empresas.
A IDC detalha que, devido à fraca procura, os níveis de inventário das fabricantes ficaram acima do normal por mais tempo do que era esperado. Nenhuma fabricante conseguiu resistir aos desafios do mercado e, com exceção da HP e da Apple, todas as empresas que fazem parte do Top 5 tiveram quedas na ordem dos dois dígitos durante o período em análise.
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A Apple foi a única fabricante do Top 5 a registar um crescimento positivo, neste caso de 10,3%. Os analistas da IDC realçam que a empresa da maçã acabou por beneficiar de uma comparação favorável em relação ao período homólogo no ano passado, altura em que a sua cadeia de produção foi afetada por paralisações devido a novos surtos de COVID-19.
Como explica o analista Jitesh Ubrani, os elevados níveis de inventário “estão novamente a arrastar o mercado para baixo”. Segundo o analista, “embora estes problemas estejam a aliviar lentamente, muitos fornecedores de componentes continuam a oferecer preços reduzidos numa tentativa para limpar os seus inventários”. No entanto, as fabricantes de PCs permanecem cautelosas devido à baixa procura, algo que também se aplica aos canais de venda.
“A montanha-russa da oferta e da procura que a indústria dos PCs tem enfrentado nos últimos cinco anos tem sido extremamente desafiante”, afirma Ryan Reith, vice-presidente da área de Client Device Trackers da IDC.
O responsável indica que as empresas não querem ser apanhadas desprevenidas com ofertas reduzidas, como aconteceu em 2020 e em 2021. Porém, “muitas parecem hesitantes no que toca a apostar em grande na recuperação do mercado”.
Do lado comercial, a “onda” de despedimentos em grandes empresas e a crescente popularidade de soluções de IA generativa estão a trazer mais confusão à gestão de orçamentos. Já do lado dos consumidores, Ryan Reith afirma que é possível ver um regresso aos hábitos pré-pandémicos. Neste contexto, os analistas acreditam que os consumidores darão preferência aos smartphones em vez de PCs.
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