A Apple ainda tem novidades guardadas para este final do ano. O evento “One More Thing” focou-se nos novos computadores Mac. Isto porque a empresa da maçã já havia revelado tudo sobre a família iPhone, iPad, Apple Watches e os seus serviços. Só falta mesmo divulgar os planos concretos dos novos computadores alimentados pela nova arquitetura Apple Silicon, que Tim Cook revelou ao mundo em junho, durante o Apple WWDC 2020, assim como novidades sobre o seu novo sistema operativo macOS Big Sur, ou pelo menos uma data de lançamento. E cumpriu, os novos computadores chegam na próxima semana, e o sistema operativo nesta quinta-feira, dia 12.
Numa espécie de déjà-vu constante nos últimos meses, Tim Cook apresentou-se no imponente "anel" da sede da Apple em Cupertino, lembrando ser o terceiro evento em apenas dois meses, realçando o trabalho da sua equipa mesmo em tempo de pandemia. Tim Cook lembrou todos os equipamentos anunciados nestes meses, lembrando que esta sexta-feira os restantes dois modelos de iPhone chegam às lojas. E claro, hoje vai falar do Mac.
Tim Cook salienta que o negócio dos seus computadores cresceu 30% no último trimestre, e cada vez mais clientes optam pelos Mac da empresa. "Utilizam os Mac para mudar o mundo", reforça. O líder da empresa relembra o anúncio da transição para a arquitetura Apple Silicon de junho. E esse dia chegou... A empresa trabalhou nos últimos anos para construir esta nova geração de Mac, com a mesma visão que fez os iPhone, iPad e outros equipamentos da marca.
M1 é o processador de nova geração baseado na arquitetura Apple Silicon
O M1 é o nome do primeiro chip, com forte incidência na poupança de energia, mas ao mesmo tempo alimentando os computadores da marca com toda a potência possível. Estamos a falar de uma nova classe de produtos. A empresa explica que antes necessitava de vários chips para as diversas tecnologias, da segurança ao processamento. E o M1 é um processador unificador que reúne todas essas tecnologias, aumentando a performance e poupança de energia. Trata-se de um chip com uma arquitetura de 5 nm, com 16 milhões de transístores. Tem um CPU de 8 núcleos, tem 4 núcleos de alta eficiência e por fim, tem o controlador que unifica todo o processamento, ao mínimo gasto de energia.
A empresa afirma que o M1 tem o terço do ganho por watt, em relação à geração anterior. O GPU do M1 é integrado, com 8 núcleos, garantindo que se trata da mais poderosa placa gráfica da marca. Promete ser duas vezes mais poderoso que o CPU do PC Chip. O sistema de segurança Secure Enclave, neural engine de 16 núcleos (prometendo uma aprendizagem automática até 15 vezes mais rápida) e suporte a Thunderbolt e USB 4 são mais alguns "mimos" do M1.
Sistema operativo macOS Big Sur
E para alimentar a tecnologia dos novos computadores, a Apple salienta o macOS Big Sur, destacando que a arquitetura do computador e o seu sistema operativo foram desenhados e produzidos em conjunto, por isso, uma faz parte do outro. A empresa da maçã promete 1,9 vezes mais rápido que o anterior sistema operativo, tudo graças à arquitetura do M1. Promete uma maior performance nas aplicações, assim como a jogar jogos. A arquitetura do M1 garante ainda todo o sistema de segurança, garantindo ser o OS mais seguro da empresa. Os programas como o Final Cut consegue fazer renders de vídeos 6 vezes mais rápido que antes.
Os novos Macs permitem ainda correr diretamente jogos do iOS e iPad, sem qualquer mudança por parte dos developers. E para tornar as apps universais, a Apple criou um novo programa com um kit de desenvolvimento de transição para os developers. Na altura, a Apple revelou que os developers iam de imediato começar a receber unidades, preparando-se antecipadamente ao lançamento das novas máquinas. Foi referido que os novos computadores iam chegar no final do ano, para um período de transição previso ao longo dos próximos dois anos.
A tecnologia Rosetta 2 foi na apresentação, permitindo traduzir o código das aplicações entre o sistema antigo para o novo. Há ainda ferramentas de virtualização para os developers trabalharem as suas aplicações e as lançarem mais rapidamente. E sobretudo, traduzir os seus anteriores projetos para a nova realidade Mac.
E qual é o primeiro Mac alimentado com o M1? Mac Book Air
O portátil Mac Book Air é o primeiro computador com o novo chip, sendo 3,5 vezes mais rápido que a geração anterior, diz a Apple. Tem ecrá retina display, sendo 5 vezes mais rápido no que diz respeito a computação gráfica, com suporte a 4K, ideal para editar vídeos e jogar videojogos. A Apple diz que é 3 vezes mais rápido que os computadores da sua classe e de 98% dos computadores. Tem ainda um SSD duas vezes mais rápido, devido à gestão feita pelo chip M1.
O computador promete ainda mais autonomia da bateria até 18 horas. A webcam também foi uma aposta, com melhor balanceamento dos brancos, oferecendo imagem com menos ruído. Tem TouchID para desbloquear facilmente o computador através de impressão digital.
O preço do novo Mac Book Air é 1.159 euros.
Mac Mini é o computador que não se mede aos palmos
O segundo computador com o novo chip é o Mac Mini, aquele que pretende ser a caixinha mágica, num tamanho minúsculo, mas com uma performance avançada e versátil. É ideal para casa, estúdios e qualquer outra utilização, prometendo uma performance superior de três vezes face ao modelo anterior. A empresa destaca a performance do pequeno PC até a jogar jogos, dando o exemplo de Baldur's Gate 3 a correr. O M1 consegue alimentar o sistema de neural engine, melhorando fotografias automaticamente, por exemplo. Trabalhar em sistemas de Deep Learning será possível com este pequeno computador.
O pequeno PC tem duas entradas USB 4/Thunderbolt, HDMI 2.0, duas portas USB-A, Ethernet e jack de 3,5 mm para auscultadores. suporta ainda ligações wireless através de Wi-Fi 6, com velocidades até 1,2 GB/s.
O computador chega às lojas a 819 euros, ou seja, menos 100 euros que o modelo anterior.
MacBook Pro de 13 polegadas
Como não dois, sem três, a Apple revelou que o M1 irá alimentar também o novo MacBook Pro de 13 polegadas, aquele que é o computador mais vendido da sua classe, destaca a Apple. Tal como os computadores anteriores, o novo portátil promete ser três vezes mais rápido que a anterior geração e no que diz respeito a neural engine, este promete ser 11 vezes mais poderoso, oferecendo 17 horas de navegação pela internet e até 20 horas a ver vídeos.
O computador tem ainda três microfones de qualidade de estúdio, prometendo maior redução de ruído nas reuniões, por exemplo. Tem duas entradas USb 4/Thunderbolt e tem até 2 TB de SSD, com capacidade de 3,3 GB/s de velocidade de leitura sequencial. O ecrã Retina brilhante destaca as imagens, salientando a qualidade do texto, graças à retroiluminação LED, para negros mais acentuados e brancos brilhantes. O ecrã tem 500 nits de brilho, mais 25% de cores do que sRGB, além de que este se ajusta automaticamente à luz ambiente.
O computador mantém o preço de 1.479 euros, menos 100 euros quando comprado para educação.
Considerando que todo os computadores se baseiam na mesmo tecnologia, será mais fácil construir aplicações para para o seu ecossistema. Os três computadores podem ser pré-reservados a partir de hoje, chegando às lojas já na próxima semana dia 17 de novembro. E o sistema operativo Mac Big Sur está disponível a partir desta quinta-feira, 12 de novembro.
Em antevisão
Os especialistas afirmam que a Apple poderá introduzir um MacBook Pro de 13 polegadas e portáteis MacBook Air no evento. E mais tarde, no segundo trimestre de 2021, manter o fulgor e apresentar um novo MacBook Pro de 16 polegadas igualmente assente no Apple Silicon.
Em junho a Apple apresentou o novo design para o seu sistema operativo dos computadores Mac, aquele que considera ser a maior modificação desde o macOS 10. O sistema operativo parece aproximar-se do iOS, tendo um ambiente light e dark, e uma maior facilidade de navegação entre as aplicações. A Dock tem uma barra de ferramentas, que os utilizadores vão conhecer rapidamente, na base do ecrã. As aplicações foram construídas com a mesma filosofia do iPad, com as ferramentas agrupadas e arrumadas de forma a ocupar pouco espaço no ecrã, sendo translúcido para ser menos intrusivo.
Relativamente ao Apple Silicon, a apple deu o exemplo das otimizações feitas para cada um dos seus equipamentos, dos smartphones aos smartwatches, numa filosofia que pretende agora aplicar aos Macs. Entre os destaques estão a performance e gestão de energia que a fabricante procura para o Mac, ou seja, o maior desempenho gastando menos energia. Para tal, introduziu uma nova família de SoCs que vão alimentar a próxima geração dos computadores da empresa.
Neste momento, apenas os computadores não eram produzidos com base em processadores proprietários, como os iPhone, Apple Watch e iPad. Ao introduzir o Apple Silicon, a fabricante terá mais controlo sobre o ciclo de lançamentos, tanto dos computadores portáteis como desktop, assim como funcionalidades.
A tecnologia Rosetta 2 também deverá ser mostrada na apresentação, permitindo traduzir o código das aplicações entre o sistema antigo para o novo. Há ainda ferramentas de virtualização para os developers trabalharem as suas aplicações e as lançarem mais rapidamente. E sobretudo, traduzir os seus anteriores projetos para a nova realidade Mac.
Os novos Macs permitem ainda correr diretamente jogos do iOS e iPad, sem qualquer mudança por parte dos developers. E para tornar as apps universais, a Apple criou um novo programa com um kit de desenvolvimento de transição para os developers. Na altura, a Apple revelou que os developers iam de imediato começar a receber unidades, preparando-se antecipadamente ao lançamento das novas máquinas. Foi referido que os novos computadores iam chegar no final do ano, para um período de transição previso ao longo dos próximos dois anos.
Para além dos computadores, a Apple poderá anunciar novos modelos de AirPods, com lançamento previsto para o início de 2021. Segundo avança a Bloomberg, estão a ser produzidos dois novos modelos, um deles será a segunda versão do AirPods Pro. O outro será a terceira geração da gama de entrada dos AirPods. Estes produtos encaixam-se na oferta de novos equipamentos de áudio, tais como um HomePod mini e uns novos auscultadores.
Também as novas etiquetas inteligentes, chamadas AirTags podem ser apresentadas. Já não é a primeira vez que se fala da sua apresentação, mas a cada evento a Apple “segue em frente”. Será que é desta? As AirTags são discos autocolantes que podem ser colados a objetos comuns como a mala ou a carteira, que passam a ter uma “identidade digital”, permitindo encontrar esses objetos através da app Find My.
Nota de redação: Artigo atualizado com mais informação. Última atualização: 19h29.
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