Ainda chegou a mostrar “as vistas”, mas algo correu mal e a sonda espacial russa, com destino ao polo sul da Lua, não chegou a cumprir o seu propósito.
O lançamento da Luna-25 aconteceu a 10 de agosto último, a partir do porto espacial russo de Vostochny, marcando o regresso do país liderado por Vladimir Putin à Lua, algo que não acontecia desde 1976, quando fazia parte da União Soviética.
Clique nas imagens para ver o lançamento da missão Luna-25
A chegada à órbita lunar aconteceu cinco dias depois do lançamento, conforme previsto, e a primeira foto oficial, já nessa posição, foi apresentada quase imediatamente.
A imagem divulgada pela Agência Espacial Russa mostrava a cratera Zeeman, que tem cerca de oito metros de profundidade. Está situada no polo sul da lua, a zona mais afastada do satélite natural da Terra, que era o alvo desta nova missão russa precisamente por ser a menos explorada.
Mais especificamente, a sonda espacial ia à procura de vestígios de água gelada nesta região do satélite natural da Terra, aproveitando ao mesmo tempo para recolha de informação para futuras missões e o teste de diferentes tecnologias.
Para poder trabalhar no terreno, a Luna-25 contava com um conjunto de instrumentos e apetrechos, arrumados nas suas duas partes principais: a plataforma de alunagem, que integrava um sistema de propulsão e outros equipamentos, e um depósito pressurizado onde seguiam guardados equipamentos científicos e de comunicação. Mas algo correu mal e a sonda não chegou a cumprir o seu derradeiro objetivo.
A Luna-25 entrou em órbita ao redor da Lua na semana passada e aí deveria permanecer por apenas cinco dias antes o pouso, mas no fim de semana, a Roscosmos disse que estava a analisar uma “falha técnica” detetada enquanto preparava a nave para se mover para uma órbita pré-pouso.
No final, a sonda era para alunar esta segunda-feira, dia 21 de agosto, mas não terá conseguido entrar na órbita necessária para pousar no local pretendido, e acabou por despenhar-se.
No sábado, as comunicações foram interrompidas e a Luna-25 "deixou de existir após uma colisão com a superfície lunar", indicou a Roscosmos em comunicado, com base nos resultados preliminares de um inquérito ao incidente.
Caso a missão russa tivesse sido bem-sucedida, a sonda seria o primeiro engenho espacial a alunar no polo sul, região alvo do programa Artemis, da NASA, com regresso marcado de astronautas norte-americanos ao satélite natural da terra marcado para dezembro de 2025.
Refira-se que apenas os Estados Unidos tiveram astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, no âmbito do programa Apollo.
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