O módulo lunar SLIM já “trabalha” na superfície da Lua. Segundo a JAXA, o veículo robótico confirmou a produção de energia que inicialmente não estava a conseguir gerar, estabeleceu comunicação e reiniciou a exploração.
A sonda tinha entrado com sucesso na órbita lunar em dezembro, e na sexta feira, 19 de janeiro, o módulo lunar SLIM (Smart Lander for Investigating Moon) conseguiu chegar à superfície da Lua. No entanto, o processo não foi propriamente fácil.
Depois de uma descida acidentada, o módulo não estava a ser capaz de gerar energia a partir das suas células solares.
"De acordo com os dados de telemetria, as células solares do Slim estão viradas para oeste. Se a luz do Sol atingir a Lua a partir do oeste no futuro, acreditamos ser possível produzir energia, e estamos atualmente a preparar a restauração", acrescentou a agência espacial japonesa na altura. O problema estará agora resolvido.
A sonda já tinha partilhado as primeiras imagens quando chegou à órbita da Lua
A SLIM foi lançada a 7 de setembro, seguindo à “boleia” para o Espaço com o satélite de investigação galáctica XRISM, que faz parte de uma missão separada coordenada entre a JAXA, a NASA e a Agência Espacial Europeia.
O Japão tornou-se no quinto país a ter conseguido pousar uma nave na Lua, com a JAXA a anunciar ter concluído a alunagem às 00:20 de sábado (15:20 de sexta-feira em Lisboa). Apenas os Estados Unidos, a antiga União Soviética, a China e, mais recentemente, a Índia conseguiram pousar na Lua.
Mais de 50 anos depois de os humanos terem pisado a Lua pela primeira vez - os Estados Unidos, em 1969 -, o satélite natural da Terra voltou a ser o centro de uma corrida mundial.
Além dos EUA, também a Rússia sonha em reviver a glória espacial da ex-URSS, nomeadamente juntando forças com a China, e a Índia, que conseguiu realizar a primeira alunagem no verão passado.
Recorde-se que as duas primeiras tentativas do Japão de pousar na Lua fracassaram. Em 2022, uma sonda JAXA, Omotenashi, a bordo da missão norte-americana Artemis 1, sofreu uma falha fatal da bateria pouco depois de ser lançada no espaço.
Em abril, um módulo da jovem empresa privada japonesa ispace despenhou-se na superfície da Lua, depois de ter falhado a fase de descida.
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