Cientistas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, membros do CENTRA, estão a participar no desenvolvimento de um dos poderosos instrumentos que vão equipar o Extremely Large Telescope (ELT), atualmente em construção no Chile.
O METIS, sigla para Mid-infrared ELT Imager and Spectrograph, irá detetar radiação invisível ao olho humano, isto é, radiação que se “sente” sob a forma de “calor”. O instrumento vai tirar partido do espelho primário gigante do ELT, com cerca de 39 metros, para estudar uma enorme quantidade de tópicos científicos, desde objetos do nosso sistema solar até galáxias ativas distantes com uma precisão revolucionária.
A Portugal cabe o desenho e construção do subsistema – chamado WSS - de suporte, alinhamento e acesso ao instrumento.
Com capacidades de leitura de imagens que permitem “ver mais além”, METIS - que foi buscar o seu nome à deusa da sabedoria da mitologia grega - será o “braço direito” do ELT num dos principais objetivos a que o futuro maior telescópio do mundo se propõe: a possível descoberta de vida extraterrestre.
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Espera-se que seja capaz de detetar o nascimento de estrelas e planetas, assim como apontar ao centro das galáxias e mostrar os seus buracos negros enigmáticos. Atuando no infravermelho médio, onde os objetos mais quentes desvanecem, vai poder ver os objetos frios, como asteroides e exoplanetas, mais claramente.
De acordo com o explicado esta sexta-feira, numa conferência transmitida online pelo ESO, tal também vai permitir examinar as atmosferas desses planetas com mais pormenor do que nunca, na esperança de encontrar mundos habitáveis.
O Extremely Large Telescope está, atualmente, em construção pelo European Southern Observatory (ESO) em Armazones, Chile, prevendo-se que esteja pronto daqui a cinco anos, em 2028. Integrará mais três instrumentos principais, além do METIS, estando planeado que o primeiro a entrar a funcionar será MICADO - Multi-AO Imaging Camera for Deep Observations.
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