O Manifesto de Lisboa para as indústrias criativas foi hoje apresentado numa sessão online que decorreu no Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva e pretende promover atividades de investigação científica e de inovação orientadas para o desenvolvimento das indústrias criativas centradas no cidadão, através da criação da Parceria de Património Cultural no âmbito do Horizonte Europa e dos Planos Europeu e Nacional de Recuperação e Resiliência.
Ao SAPO TEK o ministro Manuel Heitor explicou que este é um trabalho que está a ser preparado desde o início da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que teve início em janeiro de 2021, e que é relevante pelo facto de abrir "pela primeira vez a oportunidade de financiamento para indústrias criativas através do programa Horizonte Europa".
No âmbito das indústrias criativas estão abrangidas diversas áreas, desde os têxteis à música e fotografia, mas também os videojogos, uma indústria que move milhares de milhões de euros anualmente. Alguns exemplos foram hoje apresentados na sessão que decorreu em Lisboa.
O Manifesto está disponível online para ser assinado por qualquer pessoa ou organização e tem no seu alinhamento o envolvimento da academia e dos institutos de investigação, mas também as empresas e organizações. A ideia é passar a mensagem de que a cooperação científica e a inovação, e a partilha de resultados, pode beneficiar a União Europeia e as pessoas, para que confiem mais na ciência e os seus usos e na construção de um futuro mais sustentável.
Três manifestos que deixam uma mensagem política
Amanhã vão ser apresentados ainda dois outros manifestos, um centrado na investigação, inovação e valorização europeias da água mineral , o Manifesto de Chaves, e outro em computação de alto desempenho para a ciência e a inovação, o Manifesto de Chaves.
Questionado pelo SAPO TEK para a utilização deste modelo de manifesto, Manuel Heitor explica que a ideia foi da comissária europeia Mariya Gabriel, que está envolvida nos três momentos. "Foi uma sugestão da comissária para ficar um texto a assinalar a relevância política", afirma, embora explicando que os princípios dos manifestos são diferentes, especialmente o do Minho.
Este será entregue à comissária europeia no momento simbólico de "batizado" do supercomputador Deucalion, que decorre amanhã. O manifesto marca a abertura à atividade de cinco supercomputadores que foram instalados na Europa, em Portugal, Eslovénia, Bulgária, República Checa e Luxemburgo, criando uma rede colaborativa europeia para promover a investigação e a inovação através da computação de alto desempenho.
"Estas cinco máquinas de alto desempenho estão todas instaladas em países pequenos ou de média dimensão e são também um marco importante que assinala a coesão europeia", sublinhou Manuel Heitor ao SAPO TEK. O ministro destacou ainda o facto destes supercomputadores serem todos instalados cumprindo normas de sustentabilidade na sua utilização energética, explicando que o Deucalion recorre a energia solar, assim como o da Bulgária.
"Este é um marco importante na Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia que vai permitir o desenvolvimento de uma infraestrutura integrada europeia fundamental para as transições digital e ambiental", afirmou Manuel Heitor.
Com a presidência do conselho da UE a terminar no final do mês o ministro fez também um balanço do trabalho realizado na área da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, referindo que esta "foi uma presidência de ação que teve grande importância em toda a área relacionada com o programa Horizonte Europa [de financiamento para a ciência e inovação] e no programa europeu para o Espaço", mas sublinhou ainda o reforço do apoio às carreiras científicas na Europa e a abertura de mais espaço para os mais jovens.
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