O contrato de aquisição do Deucalion, o novo supercomputador que vai fazer companhia ao BOB no Minho Advanced Computing Centre (MACC), foi assinado entre a European High-Performance Computing Joint Undertaking (EuroHPC JU), a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Fujitsu, a empresa fornecedora da tecnologia
Recorde-se que a decisão que surgiu como parte do reforço da rede EuroHPC. Em novembro de 2019, os representantes dos oito locais escolhidos pela rede para alojar os primeiros supercomputadores na Europa assinaram um acordo para o processo de aquisição, instalação e manutenção de novos equipamentos.
O Deucalion é um supercomputador petascale, capaz de executar um desempenho máximo de 10 Petaflops ou 10 milhões de biliões de cálculos por segundo. A máquina usará a mesma tecnologia ARM( Fujitsu A64FX CPU) do que o Fugaku, considerado como o supercomputador mais rápido do mundo.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior avança que o supercomputador vai permitir “o desenvolvimento de um contexto único e inovador para aplicar os princípios europeus e mundiais da computação verde”, tudo através de uma infraestrutura sustentável, cofinanciada por fundos nacionais atribuídos à área da Ciência e fundos estruturais europeus alocados à região Norte e ao Fundo de Apoio à Inovação e Fundo de Eficiência Energética.
“Trata-se da concretização de um objetivo importante durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia”, afirma o Ministro, acrescentando que será também “um passo em frente para envolver todas as regiões na ampla rede europeia de supercomputação, bem como permitir que as infraestruturas digitais promovam novas fronteiras de conhecimento em várias disciplinas e em direção a um futuro melhor e mais verde”.
Em linha com Manuel Heitor, João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, explica que o Deucalion “será um dos primeiros projetos europeus de supercomputação com um nível reduzido de emissões de carbono, alinhado com o Pacto Ecológico Europeu. Toda a operação deste supercomputador será baseada em fontes de energia renováveis”.
O novo supercomputador resulta de um esforço conjunto cofinanciado pela FCT, pelo Fundo de Apoio à Inovação, o Fundo de Eficiência Energética, os Fundos Estruturais Europeus da Região Norte de Portugal, o Município de Guimarães e a EuroHPC JU que irão contribuir com 6,95 milhões de euros. Representando um investimento conjunto de mais de 20 milhões de euros nos próximos três anos, o Deucalion deverá estar operacional em 2021.
A capacidade do Deucalion será complementada por mais quatro supercomputadores petascale EuroHPC a serem instalados no Luxemburgo (LuxProvide), Eslovénia (IZUM), República Checa (IT4Innovations National Supercomputing Center) e Bulgária (Sofiatech). Há também mais três supercomputadores pre-exascale EuroHPC localizados na Finlândia (CSC – IT Center for Science), Itália (CINECA) e Espanha (Barcelona Supercomputing Centre).
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