No âmbito do projeto denominado EuroAGE2, o Politécnico da Guarda também desenvolveu jogos digitais interativos para promover a autonomia dos idosos. "O objetivo é retardar o declínio funcional e prolongar a autonomia da pessoa idosa através de jogos digitais interativos que foram instalados em centros de dia e residências sénior da Guarda, de Castelo Branco e de Cáceres", revelou o Politécnico à agência Lusa.
De acordo com Carolina Vila-Chã, docente responsável pela equipa do EuroAGE2 no IPG, Portugal "é um dos países mais envelhecidos do mundo e essa tendência demográfica afeta sobretudo as regiões do Interior", e a instituição tem criado iniciativas para promover o envelhecimento ativo e melhorar a qualidade de vida das pessoas".
"Neste projeto, desenvolvemos vários jogos digitais que ajudam a estimular as capacidades física e cognitiva da pessoa idosa, nomeadamente através da superação de desafios de estratégia, motricidade, organização, memória, agilidade e tempo de reação", explicou.
O IPG adiantou que "saber gerir o dinheiro, fazer compras, arrumar a dispensa, fazer as lides da casa, montar puzzles e desenvolver capacidades físicas através de jogos interativos são alguns desafios dos jogos desenhados pela equipa do projeto".
"A ideia é reproduzir pequenas tarefas do dia a dia de forma a manter a mente e o corpo ativos", afirmou Carolina Vila-Chã.
O projeto prevê, ainda, o uso de robôs que irão incentivar a atividade física ao sugerir exercícios, ao mesmo tempo que recordarão tarefas diárias, como refeições ou a toma de medicamentos.
A iniciativa insere-se na segunda fase do EuroAGE, um projeto que promove o envelhecimento ativo em Portugal e em Espanha e que está a ser desenvolvido em parceria com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, a Universidade de Extremadura e o Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva Jesus Usón (Espanha).
A segunda fase do EuroAGE é financiada em cerca de 350 mil euros pelo Programa INTERREG VA Espanha-Portugal (POCTEP).
"Este é um exemplo do empenho do Politécnico da Guarda em colaborar com centros de dia, lares, IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social], empresas e instituições de ensino superior na promoção da autonomia da pessoa idosa", afirmou Joaquim Brigas, presidente do IPG.
O responsável lembrou que "o trabalho científico e o conhecimento que os docentes e investigadores do IPG têm vindo a produzir nesta matéria contribuem para a instalação da sede da região Centro do Observatório do Envelhecimento no Instituto".
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