A rede de laboratórios colaborativos CoLAB continua a crescer, espalhar-se pelo país e envolver cada vez mais entidades, revela o relatório anual de balanço da Agência Nacional de Inovação, apresentado num evento que arranca hoje em Aveiro. Os dados apurados mostram que existem já 35 laboratórios nesta rede, que envolvem 300 entidades e destas 120 são empresas. Os empregos criados graças aos projetos realizados neste âmbito são já 562.
Ao longo deste ano, todo o tipo de entidades envolvidas nos CoLAB reforçaram a sua participação nestes estruturas que procuram juntar diferentes parceiros em projetos de I&D. O maior crescimento foi para as PME, onde se regista uma evolução de 61% neste indicador. Em termos mais gerais, as empresas representam já 46% das entidades associadas a CoLABs e 29% são PMEs. As grandes empresas têm uma representatividade de 18%. Os dados mostram ainda que os vários centros apresentaram (números de 2020) 259 candidaturas a financiamento, 53 projetos foram aprovados e levantaram verbas de 30,5 milhões de euros.
Os CoLAB foram lançados em 2017 e, como destaca o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Manuel Heitor, na abertura do relatório de balanço, têm sido um contributo para o reforço das atividades de I&D no país, que têm vindo a crescer no número de recursos humanos envolvidos e nas verbas.
Os dados mais recentes mostram que o número de investigadores na população ativa aumentou para um máximo histórico de cerca de 10,2 investigadores por mil ativos em 2020, num total de 52.535 investigadores a tempo integral, que representa um crescimento global de 5% face ao ano anterior e de 36%, na comparação com 2015. Nas empresas estavam no final do ano passado 21.389 destes investigadores, cerca de 41% do total nacional.
Portugal atingiu também em 2020 um volume recorde nos gastos em I&D, que avançaram para 1,6% do PIB, ultrapassando pela primeira vez, os três mil milhões de euros para 3.203 mil milhões), num crescimento de 7%, face a 2019. As empresas asseguraram 57% desta despesa.
Os CoLAB nasceram em 2017, no âmbito do programa Interface, e pretendem contribuir para a criação de emprego qualificado em Portugal, em áreas de conhecimento e investigação consideradas estratégicas e de impacto, a nível económico ou social.
Anualmente são revistos e escolhidos novos centros para integrar a rede, tendo em vista a capacidade de promover inovação orientada para a criação de valor económico e social e processos de internacionalização da capacidade científica e tecnológica nacional.
A avaliação de propostas é feita por um grupo de peritos internacionais. O reconhecimento é atribuído pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que o concede por um período de cinco anos, renovável.
O 2º Encontro Anual de Laboratórios Colaborativos arranca esta terça-feira em Aveiro durante dois dias debate o tema e as conclusões já retiradas da experiência com esta rede.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
20 anos de Halo 2 trazem mapas clássicos e a mítica Demo E3 de volta -
App do dia
Proteja a galáxia dos invasores com o Space shooter: Galaxy attack -
Site do dia
Google Earth reforça ferramenta Timelapse com imagens que remontam à Segunda Guerra Mundial -
How to TEK
Pesquisa no Google Fotos vai ficar mais fácil. É só usar linguagem “normal”
Comentários