
Mesmo com o Windows 11 a liderar o mercado de computadores de secretária, ou desktops, em Portugal, com 55,21% de quota, os dados do StatCounter mostram que o Windows 10 mantém uma quota de 44,15%, uma fatia ainda assim significativa, sobretudo se tivermos em conta o fim do suporte oficial anunciado pela Microsoft, em vigor desde o passado dia 14 de outubro.
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Uma das razões principais razões que levarão a que a migração demore mais tempo está relacionada com os requisitos técnicos necessários para o Windows 11. Uma vez que o mais recente sistema operativo da Microsoft exige a tecnologia TPM 2.0, para um arranque seguro, e que por sua vez exige processadores relativamente recentes, muitos computadores mais antigos, especialmente em ambientes empresariais e educativos, acabam por não cumprir este requisito, logo, deixam de poder realizar essa migração.
Para tal é essencial a substituição de componentes chave dos sistemas, ou seja, é necessária a troca do processador e da motherboard, o que, para uma empresa com centenas ou milhares de máquinas, implica um investimento demasiado avultado, tornando assim essa actualização de hardware proibitiva. Esta poderá ser uma das principais razões que fazem com que, mesmo sem suporte, muitas empresas acabem por manter os sistemas com o Windows 10, que se afigura como a opção economicamente mais viável no curto prazo.
Outro fator que poderá ser tido em conta está relacionado com a questão da familiaridade. O Windows 10 consolidou processos, ferramentas e rotinas de trabalho ao longo de anos junto dos seus utilizadores. Isto significa que, para muitas pequenas empresas e utilizadores domésticos, a mudança para uma interface e fluxos de trabalho diferentes não é apenas inconveniente, mas implica tempo de adaptação, formação e ajustes de software que muitos preferem adiar.
Riscos desnecessários
Apesar de ser compreensível a decisão de não realizar a migração para o Windows 11, convém relembrar que existem consequências graves com a manutenção da utilização de um sistema operativo que deixou de ser suportado. Estamos a falar, obviamente, dos riscos de segurança. Uma vez terminadas as atualizações de segurança regulares, as falhas críticas descobertas posteriormente deixam de ser corrigidas para o sistema.
Isso torna o Windows 10 cada vez mais vulnerável a exploits, malware e ataques. Embora a Microsoft ofereça um programa de Extended Security Updates (ESU), pensado sobretudo para organizações com um elevado parque de equipamentos que precisam de mais tempo para migrar, esta não é uma solução que foi feita para o utilizador doméstico comum.
Além disso, com o tempo, várias soluções de software, assim como os navegadores, deixarão de dar suporte a versões antigas do sistema operativo, criando problemas de compatibilidade e impedindo acesso a novas funcionalidades ou correções críticas. A longo prazo, esta combinação de falta de atualizações e incompatibilidades tende a forçar a migração, de forma semelhante ao que aconteceu com o Windows 7, mas o processo será, previsivelmente, mais gradual.
Portugal exemplar a nível global?
Ainda assim, e apesar dos óbvios fatores económico e sociais existentes em Portugal face a outros mercados, o país está muito bem posicionado relativamente aos dados referentes ao mercado europeu, assim como aos resultados globais, com 55,21% de quota de instalação do Windows 11 em computadores.
Usando o mercado europeu como exemplo, só no final do passado mês de setembro é que o Windows 11 conseguiu superar a quota de mercado do Windows 10, estando atualmente os valores a rondar os 49.42% para o Windows 11, e 47.6% para o seu antecessor.
A nível global, o Windows 11 já conseguiu superar o seu antecessor no passado mês de junho, embora a quota de mercado deste novo sistema operativo se tenha mantido estável. Curiosamente, com o declínio do Windows 10, temos assistido ao regresso de um Sistema Operativo ainda mais antigo, o Windows 7, que detém atualmente 9.15% de quota. Já o Windows 11 e Windows 10, mantêm, globalmente, uma quota de 49.05% e 40.48%, respectivamente.
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