A ScienceNews noticiou que uma equipa de cientistas detetou aquela que é a luz mais enérgica de que há registo. À altura, os responsáveis pela descoberta operavam alguns instrumentos de observação no Large High Altitude Air Shower Observatory (LHAASO), na China.
A luz está a ser emitida por uma dúzia de "hotspots" de radiação gama, sendo que a maior parte da energia vem de um raio com mais de 1,4 triliões de eletrãovolts (1,4 PeV). Note que o anterior recorde não chegava a um trilião de eletrãovolts.
Para efeitos de perspectiva, é útil notar que o maior acelerador de partículas do nosso planeta só consegue acelerar partículas a 0,01 PeV.
A descoberta sugere que a Via Láctea está "carregada" de aceleradores de partículas que impulsionam eletrões e protões a atingir velocidades extremas. Não é clara a origem destes hotspots, embora nebulosas e formações de estrelas sejam fortes candidatas.
Todas as fábricas de energia da nossa galáxia são responsáveis por acelerar as partículas carregadas. Mas uma vez que estão muito distantes da terra, é ainda impossível concluir o que são essas fontes e como é que funcionam. O mistério ainda ocupa os investigadores.
Até à data, o limite máximo estimado para os aceleradores "naturais" da Via Láctea era cerca de 0,1 PeV. Porém, a nova descoberta pode ampliar muito esse limite.
“Estas descobertas são extremamente importantes e impressionantes”, afirmou, à ScienceNews, Petra Huentemeyer, porta-voz do telescópio de raios gama High-Altitude Water Cherenkov Observatory (HAWC), no México. “É um salto gigantesco para finalmente compreender a origem dos raios cósmicos de mais alta energia.”
O LHAASO só deverá estar concluído no final deste ano, pelo que é expectável que ajude na descoberta de outras fontes de luz de alta intensidade. Em consequência, estas descobertas podem ajudar-nos a chegar a novas respostas para os mistérios que ainda estão por explicar, acerca da criação destes focos de energia.
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